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Laura Pausini revela que lockdown a deixou 'em crise'

26/10/2020 09h51

ROMA, 26 OUT (ANSA) - A cantora italiana Laura Pausini revelou que o período de lockdown por conta da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2), realizado na Itália entre março e maio, a deixou em crise e cobrou atitudes do governo para ajudar o setor cultural no país.   


Neste fim de semana, a cantora lançou a canção "Io Sì" (Seen, em inglês) em cinco idiomas diferentes. A música, feita em parceria com Diane Warren, é tema do filme "The Life Ahead", dirigido por Edoardo Ponti, e que tem Sophia Loren no elenco, devendo estrear pela Netflix no próximo mês.   


"Com o lockdown, me senti perdida. Aos invés de me tirar as inquietudes, eu fiquei me perguntando se alguém ainda ia querer me ouvir cantar", afirmou à ANSA, ressaltando que o período fez com que ela tivesse "pouca vontade" de trabalhar sobre um novo álbum de inéditas.   


"Ficava adiando o momento no qual ia iniciar a ouvir as mais de 500 músicas que chegaram para mim. Depois, chegou a proposta de Diane Warren e entendi porque eu tinha dito 'não' até hoje a outros projetos cinematográficos: eu sempre esperei me emocionar assim, me reconhecer em um filme que conta a história de duas pessoas, de encontros que podem mudar a vida e podem salvá-la", disse Pausini.   


A artista revelou ainda que "é uma emoção" ver Sophia Loren em um filme "com uma história intensa, italiana e com um significado importante e, infelizmente muito atual". No longa, Loren interpreta uma sobrevivente do Holocausto e que cuida de uma filha que é prostituta.   


Questionada sobre os impactos da pandemia de Covid-19 no setor cultural, Pausini pediu atenção do governo italiano para "os cerca de 570 mil trabalhadores que não podem ser ajudados apenas pelos cantores".   


"Vivemos na incerteza e cada um de nós quer fazer algo para remediar. [...] Não somos nós, os cantores, quem têm necessidade de ajuda econômica, mas o técnicos e só o Estado pode intervir para ajudá-los. Isso é o que nos caracteriza como país: a arte salva. Onde todos nós nos refugiamos quando estávamos fechados em casa? Na música, no cinema, nos livros. Isso é cultura, mas sobretudo, o estado emocional do ser humano", concluiu a cantora. (ANSA).   


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