Itália alerta para risco de tensão social por medidas anti-Covid
O Palácio do Viminale, sede do Ministério do Interior, pediu máxima atenção das autoridades e ressaltou a necessidade de neutralizar qualquer situação de possível risco, com a máxima firmeza para atos violentos.
Nos últimos dias, uma multidão tomou às ruas de Nápoles, Roma e Turim para protestar contra o novo decreto de regras anti-Covid, em particular o toque de recolher. Os atos, que foram marcados por tumultos e violência, se tornaram um sinal de alerta mesmo se tratando de situações pontuais.
De acordo com a pasta, os protagonistas dos confrontos com os policiais italianos não têm relação com as categorias que, de alguma forma, foram mais afetadas pela crise dos últimos meses.
Eles, porém, tinham como objetivo causar confusão, como, por exemplo, os extremistas de direita e representantes de centros sociais ligados ao crime organizado.
Para o Ministério liderado pela ministra Luciana Lamorgese, a partir de agora, no entanto, a situação pode mudar. A raiva e a frustração que se acumulam no país envolvem diversas categorias sociais e produtivas, o que pode, de fato, se tornar uma oportunidade para quem tem interesse em alimentar tensões.
Desta forma, as autoridades de segurança não excluem que as próximas manifestações possam ser uma oportunidade para militantes violentos.
"A questão da ordem pública tornou-se muito sensível e as situações de maior risco devem ser neutralizadas. Uma série de ações preventivas já foram implementadas nos últimos dias e em qualquer caso", diz a nota oficial, acrescentando que "excessos não serão tolerados".
Além disso, o Ministério do Interior e a Secretaria de Segurança Pública estão em contato com prefeitos e representantes locais das forças policiais para remodelar a estratégia e implementar todas as intervenções para interceptar as situações de maior risco antes que se transformem em atos violentos.
Desde a semana passada, diversas regiões da Itália estão anunciada medidas mais rígidas, incluindo um toque de recolher noturno, para tentar combater a segunda onda do novo coronavírus que atinge o país. As regras, no entanto, causaram descontentamento em uma parte da população, principalmente na Campânia e Lazio, que tomou às ruas em protesto. (ANSA)
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