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Como a Volvo trabalhou para desenvolver carros mais seguros para mulheres

Crash test da Volvo - Divulgação
Crash test da Volvo Imagem: Divulgação
do UOL

Do UOL

Em São Paulo (SP)

26/10/2020 10h05

A Volvo foi a precursora no desenvolvimento de sistemas que não só protegessem motoristas homens de altura média em seus carros, mas também mulheres de estatura média menor e até mesmo grávidas. A montadora inclusive possui um boneco de crash test que simula as proporções do corpo de uma grávida de sete meses desde os anos 2000.

Entretanto, desde 1995 a montadora já fazia testes de impacto com bonecos do tamanho médio de motoristas mulheres.

Professora e especialista técnica sênior do Centro de Segurança de Carros Volvo, Lotta Jakobsson, afirmou que a extensão dos ferimentos em mulheres em acidentes de carro depende principalmente do modelo que dirigem.

"Se você projetar seu carro bem, as mulheres não correrão um risco maior", disse ao site The Drive. "Verificamos a maioria das regiões do corpo e vemos que há igualdade de gênero".

De acordo com o gerente de mídia da Volvo nos EUA, Russel Datz, mulheres são grande parte da base de clientes da montadora. Elas correm mais risco de sofrerem com chicotadas em impactos, algo devido às características naturais de anatomia e força corporal.

Pensando nisso, a Volvo desenvolveu um sistema (WHIPS) que faz o encosto seguir a força de possíveis acidentes, oferecendo proteção para cabeça e coluna vertebral. Com isso, de acordo com a montadora sueca, não há diferença no risco de chicotadas no caso de uma colisão traseira tanto para homens como para mulheres.

Para chegar a isso, a marca analisou acidentes desde os anos 1950 em mais de 43 mil carros com 72 mil ocupantes. Seus estudos foram compartilhados com concorrentes. Assim, a fabricante afirma que atualmente seus assentos se adaptam melhor a pessoas de tamanhos diferentes.

"Até mesmo os cintos de segurança eram controversos há apenas 30 anos, e agora não consigo imaginar que muitas pessoas dirijam um carro sem cinto de segurança ou se sentam seguras em um sem ele", disse Datz.

"É do conhecimento geral que os cintos de segurança salvam vidas e evitam lesões. E esperamos que nossa nova tecnologia seja da mesma forma e que as pessoas pensem 'Como existiram carros sem isso?'"

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