Egípcios vão às urnas para eleger novo Parlamento
Cairo, 24 Out 2020 (AFP) - Os egípcios começaram a votar neste sábado (24) nas urnas as eleições legislativas de resultado previsível, já que a vitória da coalizão que apoia o presidente Abdel Fatah al-Sisi, um ex-general que governa o país há seis anos, parece garantida.
Cerca de 63 milhões de eleitores, em uma população de 101 milhões neste país do norte da África, foram convocados a eleger os 568 parlamentares dos 596 que integram a Câmara Baixa.
O restante dos deputados serão designados por este ex-general que tornou-se presidente e cujo governo silenciou nos últimos anos qualquer vislumbre da oposição política séria.
Nesta manhã, os centros de votação estavam decorados com as cores nacionais e colocados sob proteção policial, segundo imagens divulgadas pela televisão egípcia.
Há algumas semanas, faixas gigantes com o rosto dos candidatos estampam as cidades egípcias. Muitos candidatos fazem campanha por mensagem de texto nos celulares e com vídeos online.
Considerando o número limitado de candidaturas da oposição, a vitória da coalizão pró-governo liderada pelo partido Mostakbal Watan "Futuro da Nação" não deixa dúvidas.
Sisi foi eleito em 2014 com 96,9% dos votos. O parlamentar de 2015 foi o primeiro a se instalar depois que o Exército expulsou do poder o líder islâmico Mohamed Mursi, que enfrentou gigantescas manifestações um ano após tornar-se o primeiro presidente eleito democraticamente.
- Voto em duas fases -A votação acontece em duas fases: a primeira, prevista para sábado e domingo, cobrirá 14 governos. A segunda, para o início de novembro, os 13 restantes. Os segundos turnos acontecerão em novembro e dezembro.
Os milhões de egípcios que vivem no exterior foram convocados a votar a partir de quarta-feira.
Os resultados definitivos serão revelados em 14 de dezembro e os novos deputados assumirão seus cargos em janeiro de 2021, no final do mandato do atual Parlamento.
O Parlamento criado em 2015 é totalmente próximo do poder, exceto por um pequeno grupo opositor chamado "bloco 25/30", que é muito minoritário.
Essa eleição é a segunda que acontece no Egito sob a pandemia de covid-19, que infectou mais de 106.000 pessoas e causou a morte de aproximadamente 6.200 neste país.
Em agosto, o Egito realizou eleições para eleger os 300 senadores da Câmara Alta - dos quais cerca de cem são designados diretamente por Sisi -, mas a participação foi apenas de 14%.
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