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Lorenzi, CEO da Publicis: Diversidade nas campanhas é um caminho sem volta

do UOL

Renato Pezzotti

Colaboração para o UOL, em São Paulo

22/10/2020 04h01

O jeito de fazer propaganda mudou. Muitas agências de publicidade também têm mudado seu escopo para acompanhar este novo momento, em que o consumidor é o centro de todas as iniciativas.

Para falar sobre o tema, o podcast Mídia e Marketing desta semana ouviu Eduardo Lorenzi, CEO da agência Publicis Brasil, que atendeu marcas como Bradesco, Honda, Nestlé, P&G e Heineken.

"Temos que ser mais organizados, mais focados no escopo, no que vai dar resultado. Dentro dessa [nova] realidade, continuamos tendo que ser criativos, temos que encantar as pessoas. O papel de uma agência sempre foi trazer a visão e o ponto de vista do consumidor. Agência tem que ser especialista em gente", declara o executivo (no arquivo acima, este trecho está a partir de 17:46).

"O conceito de 'Mad Men' não faz mais o menor sentido. Hoje é o time que faz o trabalho. Toda a equipe merece respeito, dignidade e reconhecimento. Não existe mais o 'super homem', que sozinho é o nome da agência e sem ele nada anda" (a partir de 15:53).

O CEO da agência também explica como funciona o programa "Entre", criado pela agência, que busca levar mais diversidade e inclusão para a publicidade, e está na 3ª edição.

"O projeto nasceu da necessidade de aumentar o número de mulheres na criação das agências, departamento que sempre foi um ambiente muito masculino e muito machista. Ideia não tem gênero. Este ano, temos 30 jovens de diferentes faculdades, de diferentes classes sociais, num curso intensivo sobre técnicas de criação e que também tem aulas de temas motivacionais", declara (a partir de 7:09).

"Nossos clientes também estão muito ligados nisso [diversidade e inclusão]. No Bradesco e no Carrefour, por exemplo, o nível já está bastante sofisticado. É um assunto muito importante para eles também. Isso tem se intensificado nas campanhas. A diversidade é um caminho sem volta", diz (a partir de 12:50).

O executivo ainda conta como foi atravessar a "montanha russa" de emoções causada pela pandemia.

"O teletrabalho tem sido uma montanha russa de emoções. Primeiro, a gente tinha medo que não daria certo. Depois, passamos a achar o máximo, que era a 'grande descoberta contemporânea'. Agora começamos a ver o quanto difícil é separar a vida pessoal e profissional —e quanto faz falta ter a interação pessoal, com times e clientes" (a partir de 2:01).

Como uma campanha inesquecível, Eduardo lembra da campanha "Three Little Pigs", criada pela BBH Londres para o jornal The Guardian, em 2012. "É um insight poderoso, uma ideia criativa genial e produção que é uma das melhores que já vi na vida", afirma (a partir de 21:55).

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