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Sem lockdown, Itália aposta em toque de recolher contra pandemia

21/10/2020 14h58

ROMA, 21 OUT (ANSA) - Com a decisão do governo da Itália de não decretar um segundo lockdown de âmbito nacional, as administrações regionais resolveram apostar no toque de recolher para conter a pandemia do novo coronavírus.   

A partir dos próximos dias, mais de um terço da população da Itália será submetida a proibições de circulação noturna nas três regiões mais populosas do país.   

A Lombardia, com 10 milhões de habitantes e epicentro da pandemia em solo italiano, instituirá toque de recolher a partir de quinta-feira (22). Já a Campânia, com 5,8 milhões de moradores e que havia sido relativamente poupada na "primeira onda" da crise, iniciará a medida restritiva na sexta (23).   

O governo do Lazio, que tem 5,9 milhões de habitantes, deve anunciar o prazo exato do toque de recolher nas próximas horas.   

Em todos os casos, a restrição à circulação valerá das 23 às 5h da manhã do dia seguinte.   

Isso significa que as três cidades mais populosas da Itália - Roma, Milão e Nápoles, capitais do Lazio, da Lombardia e da Campânia, respectivamente - terão toque de recolher para conter o novo coronavírus.   

O objetivo é proibir a circulação de pessoas e veículos durante a madrugada e combater aglomerações em bares e festas, que estão proibidas. Só será permitido sair à rua para deslocamentos por motivos de trabalho ou urgentes.   

Na Lombardia, única região que já divulgou as diretrizes do toque de recolher, quem violar a norma estará sujeito a multas de 400 a mil euros (de R$ 2,7 mil a R$ 6,6 mil, pela cotação atual).   

A Itália vem registrando recordes seguidos nos casos diários de Sars-CoV-2, e o número de mortos em 24 horas - 127 nesta quarta-feira - voltou ao patamar da segunda metade de maio, quando o país havia acabado de sair de dois meses de lockdown.   

"O toque de recolher não é uma ideia maluca, mas está claro que vai atingir uma parte do comércio", comentou o prefeito de Milão, Giuseppe Sala, que cobrou ajuda do governo nacional para os setores afetados.   

Já a Confesercenti, associação que reúne representantes de bares e restaurantes, afirmou que esse mercado precisa de ajudas econômicas "rápidas e adequadas" para evitar a "morte" de estabelecimentos. (ANSA).   

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