Lombardia, na Itália, impõe toque de recolher para conter Covid
Segundo o despacho assinado pelo governador Attilio Fontana, de extrema direita, e pelo ministro da Saúde, Roberto Speranza, de centro-esquerda, a medida restritiva valerá pelo menos até 13 de novembro de 2020.
Durante o toque de recolher, serão permitidos apenas deslocamentos por "comprovadas exigências de trabalho ou situações de urgência". Assim como no período de lockdown, entre março e maio, os cidadãos terão de preencher declarações explicando o motivo de seus deslocamentos no horário proibido.
Quem violar o toque de recolher estará sujeito a multas de 400 a mil euros (de R$ 2,7 mil a R$ 6,6 mil, pela cotação atual).
Epicentro - Região mais populosa da Itália, com 10 milhões de habitantes, a Lombardia é líder de casos (130.479) e óbitos (17.103) causados pelo novo coronavírus no país em termos absolutos - ao todo, o território italiano registra 434.449 contágios 36.705 mortes.
Considerando índices relativos, que levam em conta o tamanho da população, a Lombardia é a segunda com mais casos entre as 20 regiões da Itália (1.297 para cada 100 mil habitantes), atrás somente do pequenino Vale de Aosta (1.608/100 mil hab.), mas é a primeira em óbitos (170/100 mil hab.).
A região registrou 2.023 casos apenas na última terça-feira (20), um dos números mais altos desde o início da pandemia. Com a hipótese de um novo lockdown descartada pelo governo italiano, as regiões vêm apostando no toque de recolher para conter a "segunda onda" da pandemia.
Além da Lombardia, a Campânia, terceira região mais populosa do país, pediu aval do Ministério da Saúde para decretar bloqueio das atividades e dos deslocamentos a partir de 23 de outubro, das 23h às 5h do dia seguinte.
Se isso acontecer, a Itália terá um quarto de sua população sob toque de recolher noturno. (ANSA).
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