Israel chama visita de autoridades dos Emirados de histórica; para palestinos é vergonhosa
Por Stephen Farrell e Dan Williams
JERUSALÉM (Reuters) - Um grupo de autoridades dos Emirados Árabes Unidos se tornou a primeira delegação do Golfo Pérsico a visitar Israel nesta terça-feira, consolidando um acordo de normalização em uma ocasião que autoridades israelenses e norte-americanas descreveram como histórica, mas os palestinos como "vergonhosa".
Os Emirados e o Barein, seu vizinho de Golfo, se tornaram os primeiros países árabes em um quarto de século a estabelecerem relações formais com Israel, apesar das diferenças existentes a respeito do conflito israelo-palestino.
Os acordos, firmados em grande parte devido aos temores em comum do Irã, foram mediados pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, antes da eleição presidencial do mês que vem.
"Estamos fazendo história de uma maneira que permanecerá durante gerações", disse o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ao dar as boas-vindas ao ministro da Economia dos Emirados, Abdullah bin Touq al-Mari, e ao ministro de Assuntos Financeiros, Obaid Humaid al-Tayer.
Eles foram acompanhados pelo secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, e outras autoridades norte-americanas no voo de Abu Dhabi para o Aeroporto Ben Gurion, perto de Tel Aviv. Os visitantes ficaram restritos ao aeroporto por causa dos temores da Covid-19.
"Acho que a visita de uma delegação de tão alto nível dos Emirados Árabes Unidos... mostrará aos nossos povos, à região e ao mundo inteiro o beneficio de se ter contatos amistosos, pacíficos e normais", disse Netanyahu.
Quatro acordos foram assinados: sobre a promoção e proteção de investimentos, cooperação em ciência e inovação, aviação civil e dispensa de vistos.
Washington e seus aliados disseram que os acordos fomentarão a paz e a estabilidade regionais, mas eles causaram revolta nos palestinos.
Wasel Abu Youssef, membro do Comitê Executivo da Organização pela Libertação da Palestina, disse que a visita dos Emirados nesta terça-feira ocorreu em meio à ampliação dos assentamentos israelenses e foi "vergonhosa".
(Reportagem adicional de Lisa Barrington e Ghaida Ghantous em Dubai, Steven Scheer em Jerusalém, Ali Sawafta em Ramallah e Nidal al-Mughrabi em Gaza)
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