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Instituição sugere venda de cocaína e ecstasy em farmácias no Reino Unido

Embalagem de cocaína sugerida para venda em farmácias pela Transform Policy Drug Foundation - Divulgação/Transform Policy Drug Foundation
Embalagem de cocaína sugerida para venda em farmácias pela Transform Policy Drug Foundation Imagem: Divulgação/Transform Policy Drug Foundation
do UOL

Colaboração para o UOL, em São Paulo

20/10/2020 19h53

A cocaína, o ecstasy e as anfetaminas deveriam ser "nacionalizados" e vendidos legalmente em farmácias administradas pelo governo para reduzir crimes relacionados às drogas, recomendou uma instituição britânica que luta por reforma na política de drogas.

Em um livro lançado hoje (20), com um prefácio escrito pela ex-primeira-ministra da Nova Zelândia Helen Clark, o grupo de campanha de liberalização das drogas Transform sugere maneiras práticas de vender as substâncias em farmácias especiais estatais como alternativa à "guerra invencível contra as drogas".

O livro inclui uma simulação de como seria o pacote de cocaína legal, vendida com advertências de saúde por químicos e profissionais de saúde especializados.

Apenas uma única dosagem das drogas para adultos estaria disponível em embalagens farmacêuticas simples, sem marca, com advertências de saúde informações de risco visíveis. A nova agência reguladora determinaria os preços e haveria a proibição da publicidade dos produtos. A venda seria administrada por um monopólio estatal para minimizar os incentivos aos lucros.

O executivo-chefe da Transform, Dr. James Nicholls, disse que as sugestões práticas do livro oferecem uma saída para uma guerra contra as drogas que fracassou por mais de 50 anos.

"Nossas propostas retirariam o fornecimento de drogas dos grupos do crime organizado, criando um sistema que reduzisse os danos ao invés de aumentá-los", disse ele.

O pai de dois filhos que morreram na mesma noite após complicações causadas por ecstasy adulterado apoiou a mudança para um sistema nacionalizado de abastecimento das três drogas estimulantes. "É hora de aceitar que o uso de drogas aconteça e de encontrar maneiras de torná-lo mais seguro", falou Ray Lakeman.

Questionado sobre a possibilidade de reconsiderar a lei sobre drogas como cocaína, ecstasy e anfetaminas, um porta-voz do Ministério do Interior respondeu: "Absolutamente não".

O livro chamado "Como Regular Drogas Estimulantes: Um Guia Prático" está disponível para download no site Transform.

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