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Vitória de Arce mostra que houve golpe na Bolívia em 2019, diz Evo Morales

"Queriam nos banir, mas ressuscitamos", escreveu o ex-presidente boliviano em uma rede social - Alejandro Pagni/AFP
"Queriam nos banir, mas ressuscitamos", escreveu o ex-presidente boliviano em uma rede social Imagem: Alejandro Pagni/AFP
do UOL

Do UOL, em São Paulo

19/10/2020 16h00Atualizada em 19/10/2020 16h04

O ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, comemorou hoje os resultados das pesquisas de boca de urna no país, que apontam para uma vitória de Luis Arce — ou Lucho Arce — nas eleições presidenciais. Segundo Morales, a vitória do candidato do MAS (Movimento para o Socialismo), seu partido, mostra que o que houve em 2019 — sua renúncia — foi um golpe de Estado.

"Com Lucho Arce levantaremos novamente, unidos, a Bolívia", escreveu o ex-presidente em uma rede social. "Mais uma vez lideraremos o crescimento econômico da região, porque o MAS-IPSP é o único partido político com um programa e uma visão de país que sempre integrou campo e cidade, oriente e ocidente".

E continuou: "A vitória eleitoral contundente demonstra que, em 2019, não houve fraude, mas sim um golpe de Estado. Esse triunfo do povo boliviano é dedicado aos nossos avós, Túpac Katari y Bartolina Sisa. Queriam nos banir, mas ressuscitamos".

A vitória de Arce ainda não está confirmada pelo Tribunal Eleitoral da Bolívia, mas já é tida como certa até por Carlos Mesa, seu principal adversário, e pela OEA (Organização dos Estados Americanos). Um levantamento do Instituto Ciesmori indica que o candidato do MAS teve 52,4% dos votos válidos; já a pesquisa de boca de urna da Fundação Jubileo mostra vantagem ainda maior: 53%.

Em outra publicação, Morales agradeceu ao ex-presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e outros chefes de Estado por terem "salvado sua vida" em 2019. Entre os nomes citados pelo boliviano, estão o presidente argentino, Alberto Fernández, o venezuelano Nicolás Maduro e o cubano Miguel Díaz-Canel Bermúdez.

"Agradeço a Alberto Fernández, López Obrador [presidente do México], Nicolás Maduro, Miguel Díaz-Canel, Mujica [ex-presidente do Uruguai], Fernando Lugo [ex-presidente do Paraguai], Rodríguez Zapatero [ex-presidente da Espanha], Lula, Cristina Kirchner [vice-presidente da Argentina], Rafael Correa [ex-presidente do Equador], Ernesto Samper [ex-presidente da Colômbia] e outros. Nunca nos sentimos sozinhos", disse Morales.

O ex-presidente boliviano também agradeceu pelo apoio recebido de argentinos e mexicanos, que o acolheram após a renúncia, e de "tantas organizações sindicais, políticas, personalidades, intelectuais e trabalhadores de todo o mundo".

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