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Pompeo pede "coragem" ao papa Francisco para lutar contra perseguição religiosa na China

30/09/2020 07h58

Roma, 30 Set 2020 (AFP) - O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, pediu nesta quarta-feira, durante uma visita a Roma, "coragem" ao papa Francisco para combater as perseguições religiosas, em particular na China, país com o qual o Vaticano está prestes a renovar um acordo de nomeação de bispos.

"Peço a todos os líderes religiosos para que encontrem coragem para enfrentar a perseguição religiosa contra suas próprias comunidades, e contra outras religiões ", declarou Pompeo ao lado do arcebispo britânico Paul Gallagher, responsável pelas relações da Santa Sé com outros Estados.

"Os líderes cristãos devem defender defender seus irmãos e irmãs no Iraque, Coreia do Norte e Cuba", completou, após um violento ataque a Pequim, que acusa de reprimir as minorias católica e muçulmana uigur.

"Em nenhuma outra parte como na China a liberdade de culto é tão atacada", afirmou Pompeo, que cita com frequência o compromisso assumido pelo papa João Paulo II na década de 1980 contra o bloco soviético, em nome do que o pontífice polonês chamava de "risco da liberdade".

"Que a Igreja e aqueles que sabem que, no fim, todos prestaremos contas diante de Deus possam ser tão corajosos em nossa época", afirmou o chefe da diplomacia americana.

As relações entre Estados Unidos e Vaticano ficaram tensas após a assinatura em setembro de 2018 de um histórico acordo "provisório" entre a Santa Sé e Pequim sobre a nomeação de bispos.

O acordo, desejado pelo papa Francisco para reunificar uma igreja chinesa dividida em duas (a oficial e a clandestina), dá ao pontífice a última palavra para designar os bispos chineses e, desde então, dois prelados foram nomeados.

Mike Pompeo não se reunirá com Francisco, semanas antes das eleições presidenciais americanas. Um encontro privado nunca esteve previsto na agenda, de acordo com fontes do Vaticano.

O chefe da diplomacia americana será recebido na quinta-feira no Vaticano pelo número dois da Igreja, o cardeal Pietro Parolin.

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