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Indicada por Trump à Suprema Corte dos EUA se reúne com republicanos

29/09/2020 14h17

Washington, 29 Set 2020 (AFP) - A indicada à Suprema Corte de Justiça dos Estados Unidos, Amy Coney Barrett, reúne-se nesta terça-feira (29) com senadores republicanos para preparar o voto de confirmação que o partido espera realizar antes da eleição presidencial de 3 de novembro.

Barrett, uma conservadora de 48 anos, teve uma reunião com o líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell, e tem várias outras entrevistas agendadas, incluindo uma com Lindsey Graham, que presidirá a audiência de confirmação no Comitê Judiciário da Casa.

O presidente Donald Trump indicou Amy Barrett para preencher a vaga deixada em aberto na Suprema Corte, após o falecimento da juíza de tendência progressista Ruth Bader Ginsburg. A decisão pode ter impacto em várias questões altamente divisivas para os americanos, como aborto, porte de armas e assistência médica.

A obstinação de Trump para que Barrett seja confirmada antes da eleição uniu os democratas, que têm Joe Biden como seu candidato na disputa pela Casa Branca. A sigla alega que esta decisão deve ser tomada pelo vencedor nas urnas em novembro.

O líder da minoria democrata no Senado, Chuck Schummer, disse que não se encontrará com Barrett.

"Não vou me encontrar com a juíza Barrett. Por que devo me encontrar com a indicada em um processo tão ilegítimo?", questionou.

Outros senadores democratas também se recusaram a recebê-la, mas o senador Cory Booker, que faz parte do Comitê de assuntos judiciários, disse que sim.

"Uma das coisas que quero perguntar é se vai se recusar em qualquer tema eleitoral que se apresente", disse o senador por Nova Jersey.

"Se não se recusar, temo que a Corte fique ainda mais deslegitimada", completou.

A audiência do comitê está marcada para 12 de outubro, e a votação em plenária, para antes da batalha eleitoral entre Trump e Biden.

Salvo grande surpresa, os republicanos, que ocupam 53 dos 100 assentos no Senado, confirmarão Barrett para este cargo vitalício.

Nesse caso, a ala conservadora da Corte, que às vezes vence por 5-4, passará a contar com uma confortável maioria de 6-3. Desde que entrou na Casa Branca em 2017, Trump nomeou dois dos nove membros da mais alta instância judicial do país.

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