Hezbollah afirma apoiar iniciativa francesa no Líbano
Beirute, 29 Set 2020 (AFP) - O líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, afirmou nesta terça-feira (29) apoiar a iniciativa da França para a formação de um governo reformista no Líbano o quanto antes para desbloquear a chegada de ajuda internacional, mas pediu uma "revisão" do tom e da maneira de proceder.
"Sempre elogiamos a iniciativa francesa e estamos prontos para o diálogo e a cooperação [...] com os franceses e com todos os amigos do Líbano, mas da forma como as coisas foram feitas no mês passado, a intimidação que houve, isso não deve continuar, ou não chegaremos a um resultado", declarou Nasrallah em um discurso televisionado.
"Esperamos que esta iniciativa tenha êxito. Peço que se reconsidere o método, o trabalho e a linguagem" usada, completou.
O presidente da França, Emmanuel Macron, criticou no domingo a "traição coletiva" da classe política libanesa, um dia após o primeiro-ministro Mustapha Adib renunciar à formação de um novo governo, o que era exigido por Paris.
"Não aceitamos que nos acusem de traição. Rejeitamos e condenamos categoricamente este comportamento condescendente em relação a nós e a todas as forças políticas no Líbano", respondeu Nasrallah nesta terça-feira.
Os partidos políticos libaneses, incluindo o Hezbollah, prometeram a Macron, que visitou Beirute no início de setembro, formar um gabinete de ministros "competentes" e "independentes" dentro de duas semanas, como condição para destravar a ajuda internacional.
Mas, no sábado, Adib, nomeado em 31 de agosto, jogou a toalha. Sua tarefa foi dificultada, principalmente, pelas demandas do Hezbollah e de seu aliado Amal, que exigem indicar o ministro das finanças.
Nasrallah reiterou a necessidade de o Hezbollah fazer parte do governo na terça-feira.
lar/bek/mr/bc/jvb/am
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