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ENTREVISTA-Banco Mundial busca aprovação de US$12 bi para financiar compra de vacina contra Covid-19

29/09/2020 21h05

Por David Lawder

WASHINGTON (Reuters) - O presidente do Banco Mundial, David Malpass, disse nesta terça-feira que está buscando aprovação do conselho de 12 bilhões de dólares para um plano de financiamento de vacina contra o coronavírus para ajudar os países pobres e em desenvolvimento a garantir uma parcela suficiente de doses da vacina quando estiverem disponíveis nos próximos meses.

Malpass afirmou em entrevista exclusiva à Reuters que a iniciativa, parte dos 160 bilhões de dólares em financiamento de ajuda contra a crise do coronavírus prometido pelo credor multilateral, tem como objetivo ajudar os países a adquirir e distribuir vacinas antecipadamente para profissionais da saúde e outros trabalhadores essenciais e expandir a produção global.

Ele disse que o conselho deve considerar o plano no início de outubro.

A competição global pelas primeiras doses da vacina contra Covid-19 já é feroz, meses antes de qualquer aprovação, uma vez que os países ricos se movimentam para garantir o abastecimento.

O governo dos EUA prometeu mais de 3 bilhões de dólares para garantir centenas de milhões de doses de vacinas em desenvolvimento pela britânica AstraZeneca, pela gigante farmacêutica norte-americana Pfizer e pela alemã BioNTech SE.

Malpass disse que o plano do Banco Mundial visa colocar os países pobres e de renda média, onde o vírus está se espalhando mais rapidamente, no mesmo patamar que os países mais ricos, garantindo financiamento para conseguir o abastecimento e um sistema de distribuição, o que encorajará os fabricantes de medicamentos a atender sua demanda.

Sem as primeiras doses que podem controlar os surtos, muitos desses países correm o risco de um colapso econômico que levará centenas de milhões de pessoas de volta à pobreza.

"Nosso objetivo é alterar o curso da pandemia para os países em desenvolvimento de renda baixa e média", disse Malpass. "É um sinal de mercado para os fabricantes de que haverá financiamento disponível para os países em desenvolvimento e haverá demanda."

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