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Trump deve indicar Amy Barrett para suceder Ruth Ginsburg na Suprema Corte

25/09/2020 22h03

Washington, 26 Set 2020 (AFP) - O presidente americano, Donald Trump, escolheu a juíza Amy Coney Barrett para suceder Ruth Bader Ginsburg na Suprema Corte americana, indicou nesta sexta-feira a imprensa americana, citando fontes republicanas.

O anúncio oficial da indicação da juíza conservadora, de 48 anos, deve ser feito às 17h locais deste sábado. Amy substituiria a progressista Ruth Ginsburg, um ícone feminista, que morreu de câncer na semana passada. A decisão, polêmica, acontece a menos de 40 dias das eleições presidenciais.

Citando fontes republicanas do alto escalão ligadas ao processo, uma série de veículos, incluindo o jornal "New York Times" e a rede de TV CNN, informaram que Trump indicará Amy Barrett, o que inclinaria o Supremo ainda mais para a direita nas próximas décadas, depois de ele já ter nomeado outros dois juízes conservadores durante seu mandato.

Os opositores democratas, liderados pelo candidato à presidência Joe Biden, exigem que os republicanos não confirmem o substituto de Ruth antes das eleições de 3 de novembro, quando se saberá se Trump terá um segundo mandato.

Consultado sobre o assunto, Trump, que faz um giro por vários estados, respondeu: "Não disse que foi ela, mas é extraordinária. Os cinco candidatos são geniais", comentou na tarde de hoje, e sugeriu que já tomou a decisão.

- Eleitorado religioso -

A escolha de Amy Barrett, católica praticante, mãe de sete filhos e contrária ao aborto, poderia impulsionar o eleitorado religioso conservador no qual Trump se apoiou fortemente quatro anos atrás. Mas fontes republicanas citadas pela imprensa local não descartam uma "mudança de última hora" por parte do presidente.

"Até onde sabemos, ele não conversou com outros candidatos", especificou, no entanto, o New York Times. A outra favorita, Bárbara Lagoa, 52, nascida na Flórida, de família que fugiu do regime comunista de Fidel Castro, poderia ser um ativo político de peso naquele estado do sul, potencialmente decisivo para a reeleição de Trump.

A confirmação no Senado requer a maioria simples. Apesar dos protestos democratas, tudo indica que a votação se dará antes das eleições.

Amy Barrett, professora de direito, foi nomeada para um tribunal pela primeira vez em 2017. No ano seguinte, ela estava na lista de candidatos apresentada por Trump para a vaga na Suprema Corte para a aposentadoria do juiz Anthony Kennedy, que acabou sendo preenchida por Brett Kavanaugh após uma batalha feroz pela confirmação.

elc-sms/ad/bn/lb

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