Kim faz raro pedido de desculpas por morte de sul-coreano
Segundo o comunicado, publicado através da agência de notícias estatal Yonhap nesta sexta-feira (25), Kim afirmou que o episódio "foi vergonhoso" e pediu desculpas "por ter decepcionado o presidente e o povo sul-coreano".
A carta ainda diz que o homem de 47 anos foi alvo de "quase 10 tiros" após se negar a dar sua identificação para os membros da Guarda Costeira do país em uma área próximo à ilha de Yeonpyeong. Apesar de ficar no Sul, o local fica a apenas 1,5 milha marítima das águas territoriais do Norte.
O ditador informou que os militares que atuam no mar tem a ordem de "atirar para matar" todos aqueles que não se identificarem também como forma de evitar a entrada do novo coronavírus (Sars-CoV-2) no país. Porém, Kim negou que o corpo do homem tenha sido queimado, como Seul havia informado.
O chefe de Pyongyang pontuou que apenas a embarcação que o homem utilizava foi queimada porque os oficiais, ao chegarem nela, viram que o corpo do homem não estava mais a bordo.
"As tropas não conseguiram localizar o invasor não identificado durante uma busca após darem os tiros, e queimaram o equipamento sob as medidas nacionais de emergência para prevenção de doenças", ressalta uma parte da carta, conforme a Yonhap.
A notícia da carta vem pouco após o governo de Moon Jae-in informar que um funcionário do governo havia sido morto e queimado pelos norte-coreanos, em um caso que chocou o país e diminuiu ainda mais as chances de qualquer tentativa de reconciliação entre Norte e Sul.
O homem era pai de duas crianças e trabalhava em um dos departamentos de Pesca do governo, fazendo patrulhas marítimas na área da fronteira marítima entre as duas nações. A mídia de Seul destacou ainda que ele estava passando por um processo de divórcio e tinha pesados problemas financeiros. Não se sabe por qual motivo ele atravessou a fronteira.
Essa é a primeira vez em décadas que um cidadão sul-coreano é morto por Pyongyang, ainda de acordo com a agência de notícias.
(ANSA).
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