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Impeachment: Alerj errou sob pressão das redes sociais, diz Witzel

Wilson Witzel diz ser alvo de linchamento moral e político - Wilton Júnior/Estadão Conteúdo
Wilson Witzel diz ser alvo de linchamento moral e político Imagem: Wilton Júnior/Estadão Conteúdo
do UOL

Do UOL, no Rio e em São Paulo

24/09/2020 09h43Atualizada em 24/09/2020 11h53

O governador afastado do Rio, Wilson Witzel (PSC), disse hoje que enfrenta o processo de impeachment de "cabeça erguida" e que provará sua inocência. Ele afirmou que a Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) errou sob influência das redes sociais.

"O estrago na minha imagem política foi feito. E, infelizmente, a Alerj, pressionada pelas redes sociais, está cometendo um grande erro, cuja História há de demonstrar", disse. Ontem, o plenário da Alerj aprovou o encaminhamento do processo de impeachment ao TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro). A decisão foi unânime —69 deputados votaram de maneira favorável à continuidade do processo que pode levar Witzel à saída definitiva do cargo.

Os parlamentares aprovaram o relatório produzido pela Comissão de Impeachment da Alerj, que aponta supostas irregularidades cometidas por ele em compras e renovações de contratos para a área da saúde durante a pandemia do coronavírus.

Numa série de publicações em sua conta no Twitter, na manhã de hoje, Witzel disse que nunca compactuou com a corrupção e que está "sofrendo um linchamento moral e político a partir da palavra, sem provas, de delatores, ou seja, de bandidos confessos".

"Afastar um governador do mandato da forma como fazem comigo hoje é matar a democracia. Quem serão os próximos? A escolha será do Ministério Público, com suas teorias especulativas que vendem jornais. MP e Judiciário devem estar distantes do debate político. O MP não pode ditar políticas públicas nem decidir quem deve ou não exercer a função outorgada pelo voto popular. Se as casas políticas não reagirem, seremos todos governados por liminares e por especulações", escreveu o político.

Ele acrescentou que os milhões de votos que o elegeram para governar o estado "não podem ser anulados por alegações criminais que sequer foram objeto de denúncia recebida. Enquanto isso, os delatores estão em liberdade e usufruindo do produto dos seus crimes, rindo do povo. Tudo com a benção do MPF".

Witzel questionou ainda o motivo pelo qual não se aguardou sua defesa ser ouvida no STJ (Superior Tribunal de Justiça) para, segundo ele, "mostrar os absurdos da delação dos réus confessos Edmar Santos e Edson Torres".

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