Taxa de interrupção voluntária da gravidez na França é a maior em 30 anos
O recurso à chamada interrupção voluntária da gravidez (IVG), que é legal na França até no máximo 14 semanas, atingiu em 2019 seu nível mais alto desde os anos 1990.
As informações foram divulgadas nesta quinta-feira (24) pela Direção de Estudos, Avaliação e Estatísticas da França. No ano passado, foram realizados 232 mil procedimentos. Relacionado ao número de mulheres em idade reprodutiva, esse dado corresponde à taxa de aborto mais elevada das últimas três décadas. A grande maioria das interrupções da gravidez foi realizada nas grandes cidades.
Os dados divulgados pelo organismo francês mostram que cerca de 15 a cada mil mulheres entre 15 e 49 anos recorreram ao aborto, praticado principalmente pelas jovens de 20 a 29 anos. Mas, desde 2010, o recurso ao procedimento cresceu na faixa etária dos 30 aos 34 anos. Neste mesmo período, a taxa diminuiu entre as menores de 20 anos - menos de seis a cada mil adolescentes entre 15 e 17 anos abortaram em 2019.
Em 70% dos casos, aborto foi realizado com medicamentos
O estudo também destaca que o recurso ao IVG varia de uma região à outra. As taxas mais baixas foram registradas no vale da Loire, no norte do país, na Bretanha e no leste. Já as mais altas estão na ilha da Córsega, na Côte d'Azur nos territórios de Guadalupe e da Guiana francesa.
Os dados ainda revelam que mais de um quarto dos abortos foram realizados fora dos hospitais, o que corresponde a 61.500 interrupções da gravidez. Os procedimentos ocorreram em clínicas ou postos de saúde. Em 70% dos casos a gravidez foi interrompida apenas com remédios, sem necessidade de curetagem, contra 30% em 2001.
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