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Ipea: Percentual de brasileiros em home office cai para 11,7% em julho

Pesquisa do Ipea foi feita a partir de a partir de dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) - Getty Images/iStockphoto
Pesquisa do Ipea foi feita a partir de a partir de dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) Imagem: Getty Images/iStockphoto

22/09/2020 12h57

Cerca de 300 mil pessoas deixaram o trabalho remoto em julho, o que reduziu de 12,7% para 11,7% o percentual de brasileiros em home office, segundo pesquisa do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) divulgada ontem.

Com a redução, aumentou a participação de brancos e mulheres entre os 8,4 milhões de pessoas que continuaram trabalhando de casa.

A pesquisa mostra que, em maio, 63,7% dos trabalhadores em home office eram brancos, percentual que subiu para 63,8% em junho e para 64,5% em julho.

Desta forma, entre a população preta e parda, o percentual começou em 34,3% em maio, subiu para 34,4% em junho e caiu para 33,8% em julho. Se considerado todo o potencial de teletrabalho no país, 58,3% das vagas são ocupadas por brancos e 41,7% por negros.

As mulheres eram, em maio, 53,6% dos trabalhadores em home office, segundo o Ipea. Essa participação cresceu para 55,5% em junho e para 55,7% em julho.

Entre as vagas que poderiam funcionar na modalidade home office, segundo a metodologia da pesquisa, 58,5% são ocupadas por mulheres, e 41,5% por homens.

As maiores disparidades encontradas pela pesquisa, entretanto, estão nos níveis de escolaridade e na diferença entre trabalho formal e informal. Entre as pessoas que estavam em home office em julho, 84,1% ocupavam uma vaga formal, e 73,5% tinham nível superior.

Desigualdades regionais

As unidades da federação com maior percentual de trabalho remoto são o Distrito Federal (25,2%), o Rio de Janeiro (19,1%), São Paulo (16,8%) e a Paraíba (12,7%).

Esses são os estados acima da média nacional de 11,7% de trabalhadores em home office. Por outro lado, Pará (3,1%), Maranhão (4,3%) e Mato Grosso (5,2%) têm os menores percentuais.

Entre todas as regiões brasileiras, o Sudeste possui o maior percentual de trabalhadores em home office, com 14,9%. Esse percentual era de 17,2% em maio, e vem caindo desde então.

No Norte, o teletrabalho era de 7,1% no início da pesquisa e chegou a 4,7% em julho. A única região em que o teletrabalho avançou em julho foi o Sul, onde o percentual subiu de 9,9%, em junho, para 10,2%, em julho.

Pouco mais que a metade (51%) dos trabalhadores brasileiros em home office é classificada pela pesquisa como profissionais das ciências e intelectuais.

Os outros grupos mais presentes são trabalhadores de apoio administrativos (11%), técnicos profissionais de nível médio (9%) e diretores e gerentes (8%).

A pesquisa mostra também que o setor público (30,5%) e o setor de serviços (13,7%) têm os maiores percentuais de trabalho remoto. Comércio (4,8%), indústria (4,6%) e agricultura (0,9%) apresentam percentuais menores.

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