Bolsonaro responderá na ONU a críticas ambientais, segundo Mourão
São Paulo, 21 Set 2020 (AFP) - O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, responderá em seu discurso na terça-feira, antes da 75ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), às críticas em relação a sua política na Amazônia, informou o vice-presidente, Hamilton Mourão, nesta segunda-feira (21).
"[Bolsonaro] vai tocar na Amazônia, mostrar em princípio o que estamos fazendo", disse Mourão a jornalistas, que chefia o Conselho Nacional da Amazônia Legal, acrescentando que o combate às atividades irregulares na floresta "não é simples".
Por sua vez, o general aposentado Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), acusou os promotores das campanhas para proteger a Amazônia de quererem "prejudicar o Brasil e derrubar o governo Bolsonaro".
"Não podemos admitir e incentivar que nações, entidades e personalidades estrangeiras, sem passado que lhes dê autoridade moral para nos criticar, tenham sucesso no seu objetivo principal, obviamente oculto, mas evidente para os não inocentes que é prejudicar o Brasil e derrubar o governo Bolsonaro", afirmou Heleno, um dos ministros mais próximos do presidente.
Como é regra em todos os anos, nesta terça-feira o Brasil abrirá os discursos das lideranças antes da Assembleia Geral da ONU.
Neste ano, por conta da pandemia do novo coronavírus, o encontro será virtual e o discurso de Bolsonaro, segundo a mídia, foi enviado por vídeo.
Em 2019, Bolsonaro fez sua estreia na reunião internacional com um discurso no qual negou o avanço dos incêndios florestais e defendeu a soberania brasileira sobre a Amazônia.
Entre janeiro e agosto, o desmatamento - responsável por grande parte dos incêndios na Amazônia - foi reduzido em apenas 5% em relação ao mesmo período de 2019, quando atingiu números recordes.
Desde que o Bolsonaro chegou ao poder em 2019, "a devastação mudou de patamar. Antes de Bolsonaro, as taxas mensais médias de alertas (de desmatamento) nos meses de maio a setembro, auge da seca e das derrubadas, não ultrapassavam 600 km2. Nos últimos anos, elas dobraram", ressalta Marcio Astrini, secretário-executivo da ONG Observatório do Clima.
Bolsonaro defende a exploração comercial e energética da Amazônia e ataca ONGs e defensores da preservação ambiental e das terras indígenas.
pr/js/rsr/bn/am
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.