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12 perguntas e respostas sobre o pagamento instantâneo PIX

do UOL

21/09/2020 18h20

Quem frequenta as redes sociais ou está ligado a alguma instituição financeira deve ter reparado que nas últimas semanas começaram as propagandas sobre o PIX, o novo sistema de pagamentos instantâneos que será lançado em novembro, mas que já começa a movimentar o mercado.

Eu sou Yolanda Fordelone, economista do Econoweek, e hoje separei 12 perguntas e respostas sobre a tecnologia que muda bastante a maneira como você usa seu dinheiro.

1. O que é o PIX?

É uma tecnologia de pagamentos instantâneos desenvolvida pelo Banco Central e que será oferecida por bancos e fintechs a partir deste fim de ano. Pelo PIX, você poderá transferir dinheiro e fazer pagamentos em até dez segundos, 24 horas por dia, sete dias por semana, incluindo fins de semana e feriados.

2. Qual a diferença para o DOC e TED?

A transferência via PIX é gratuito para a pessoa física. Mesmo hoje em dia com o avanço da tecnologia, a TED custa em média R$ 18,53 se feita em meio eletrônico e R$ 24,50 se feita pessoalmente, segundo dados do Banco Central.

Além disso, hoje em dia o dinheiro só cai na mesma hora na conta destinatária se você estiver fazendo uma transferência para o mesmo banco. No PIX, a transferência é instantânea mesmo para bancos diferentes.

Outro diferencial é o horário de funcionamento, uma vez que o PIX torna mais ágil o pagamento mesmo fora do horário bancário.

3. É gratuito para todos?

Não, o Banco Central determinou que o uso do PIX é gratuito para pessoas físicas. As instituições poderão cobrar algo de pessoas jurídicas, mas os valores ainda não foram divulgados.

4. Há limite de uso do PIX?

Não há limite diário de uso do PIX.

5. Terei de fazer algo para começar a usar?

Sim, você terá de cadastrar uma chave PIX, uma espécie de apelido de identificação. Com isso, quem vai te transferir dinheiro não precisa preencher todos os dados que hoje são necessários (conta, agência, CPF e nome). Basta preencher a chave que o sistema já identifica a conta cadastrada.

6. Quais as chaves permitidas?

A chave pode ser seu e-mail, número de telefone, CPF, ou uma sequência aleatória gerada pelo próprio sistema. A pessoa física poderá cadastrar até 5 chaves numa mesma conta. Outro detalhe é que a mesma chave não poderá ser cadastrada para identificar duas contas diferentes.

Se a pessoa mudar o telefone ou o e-mail, será necessário excluir as chaves anteriores e cadastrar as novas.

7. Posso não gerar a chave?

O PIX pode ser usado sem a chave, mas neste caso a pessoa deverá preencher todos os dados que hoje são necessários numa transferência.

8. O PIX pode ser agendado?

Sim, mas cabe ao banco decidir se vai oferecer esta opção. Se no dia da transferência não houver dinheiro na conta, ela não ocorre.

9. Todo banco deverá oferecer?

Somente as instituições financeiras e de pagamentos com mais de 500 mil contas de clientes ativas são obrigadas a ter o PIX. Apesar de haver essa regra, a expectativa é que muitas fintechs, como as de carteira digital (PicPay, Mercado Pago, etc), passem a oferecer o PIX também.

10. Quais as datas para funcionar?

O PIX começará a valer a partir de 16 de novembro. Antes disso, a partir de 5 de outubro, os cadastros já podem ser feitos.

11. O que muda?

O PIX deve estimular ainda mais o uso de pagamentos digitais, pois pode ser utilizado inclusive por soluções de pagamentos por aproximação e carteiras digitais. Com isso, ao fazer uma compra em restaurante a pessoa poderia pagar na hora realizando uma transferência, por exemplo. Outra mudança é que, a partir do segundo semestre de 2021, será possível fazer saques em comércios via PIX. A pessoa fará um pagamento via PIX e o lojista lhe dará o dinheiro em espécie.

12. Cuidados ao usar

A pessoa que possui mais de uma conta bancária deverá ficar atenta para não cadastrar todas as chaves de fácil memorização (telefone, e-mail ou CPF) em uma mesma conta.

Também deve ficar atenta a quem está enviando o dinheiro porque ele cai na hora. Não é possível cancelar a transferência. A devolução do dinheiro ficaria a cargo de quem recebeu.

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