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Dólar salta 2,77%, maior alta em quase 3 meses, a R$ 5,377; Bolsa cai 1,81%

Do UOL, em São Paulo

18/09/2020 17h15

O dólar comercial interrompeu uma sequência de duas quedas e fechou em alta de 2,77%, cotado a R$ 5,377 na venda. Foi o maior avanço diário em quase três meses, desde 24 de junho (3,33%). Com o resultado, a moeda fechou em alta pela segunda semana seguida, de 0,82%.

Ontem, a moeda norte-americana fechou vendida a R$ 5,232, com desvalorização de 0,17%.

O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, fechou em queda de 1,81%, a 98.289,71 pontos, o menor nível desde 7 de julho (97.761,04 pontos). No acumulado da semana, a Bolsa ficou praticamente estável, com leve queda de 0,07%, após duas semanas seguidas de recuo.

Ontem (17) o Ibovespa tinha fechado a 100.097,828 pontos, com valorização de 0,42%.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Preocupação com juros e inflação

De acordo com analistas, a alta do dólar foi influenciada ao longo do dia pela forte pressão no mercado de juros futuros. Há um amplo mau humor no cenário interno devido à incerteza fiscal e a dúvidas sobre a capacidade do Banco Central de manter os juros baixos, com preocupações com a aceleração da inflação.

O salto na inflação no atacado tem estimulado debates sobre contaminação dos preços ao consumidor, num momento em que o Banco Central expressa intenção de manter a Selic na mínima recorde de 2% por um período prolongado. Nesta semana, o BC manteve os juros após nove cortes seguidos.

O mercado de juros vem de dias sob intenso estresse, devido a crescentes dúvidas sobre a capacidade do Tesouro Nacional de refinanciar a dívida pública, após um forte aumento de gastos para combater os efeitos da pandemia. Agentes do mercado também mostram descontentamento com o andamento da agenda de reformas.

*Com Reuters

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