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Saúde diz estar atrás de 'qualquer vacina' da covid-19: 'Chinesa, russa...'

"Se uma opção se mostra promissora, partimos para a negociação", explicou secretário do Ministério da Saúde - Miguel Noronha/Futura Press/Estadão Conteúdo
"Se uma opção se mostra promissora, partimos para a negociação", explicou secretário do Ministério da Saúde Imagem: Miguel Noronha/Futura Press/Estadão Conteúdo
do UOL

Do UOL, em São Paulo

14/08/2020 20h52Atualizada em 19/08/2020 12h27

O Brasil está atrás de "qualquer vacina" que funcione contra o novo coronavírus e que esteja disponível em quantidade e prazo adequados para a população, disse hoje o Ministério da Saúde. Segundo secretários da pasta, a prioridade é salvar vidas, não importando se a imunização virá da China, da Rússia ou de qualquer outro país.

"Seja australiana, canadense, americana, chinesa, russa, argentina... Qualquer vacina, nós estamos atrás. Estamos verificando a oferta e nós vamos negociar para que nós possamos inseri-las dentro do nosso Programa Nacional de imunização", afirmou o secretário-executivo do ministério, Élcio Franco, durante coletiva.

Há duas vacinas da covid-19 sendo testadas no Brasil: a candidata da Universidade de Oxford, no Reino Unido, desenvolvida em parceria com a farmacêutica AstraZeneca; e a CoronaVac, um trabalho conjunto da chinesa Sinovac Biotech e o Instituto Butantan, em São Paulo.

Nesta semana, o Paraná assinou um "protocolo de intenções" com a Rússia para que a Sputnik V, vacina anunciada na última terça-feira (11) pelo presidente Vladimir Putin, eventualmente seja testada no estado e produzida também.

Segundo Hélio Agnotti, secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde, o ministério tem feito "reuniões para prospecção" com representantes de todas as candidatas à vacina. Esse acompanhamento, disse Agnotti, é feito com "muita responsabilidade e transparência".

"Nós reunimos a equipe técnica e perguntamos qual é a eficácia, qual a capacidade de entrega, qual o preço, se é possível uma transferência tecnológica, qual a segurança dessa vacina. Com esses dados na mão, comparamos as diferentes opções. Se temos uma opção que se mostra realmente promissora, nós partimos para uma fase de negociação", explicou.

Mais de 106 mil mortes

O levantamento do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte apontou que o Brasil teve 1.007 novas mortes em decorrência da covid-19 desde ontem à noite. O total no país agora é de 106.571 óbitos.

Já os casos chegaram a 3.278.895 desde o início da pandemia. Em 24 horas, as secretarias estaduais de saúde registraram 49.274 novos infectados.

A média móvel de mortes, calculada em cima dos óbitos registrados nos últimos sete dias, aponta 981 novas mortes diárias por covid-19 no Brasil, resultado considerado estável (-4%) em 14 dias.

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