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Justiça manda processo do PSOL contra Carlos Bolsonaro para 1ª instância

Carlos Bolsonaro - Divulgação
Carlos Bolsonaro Imagem: Divulgação
do UOL

Igor Mello

Do UOL, no Rio

13/08/2020 19h18

O Quarto Grupo de Câmaras Criminais do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) remeteu um processo movido pelo PSOL contra o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de volta para a 1ª instância. Os desembargadores entenderam que Carlos não tem foro privilegiado.

A queixa-crime por difamação foi protocolada pelo presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros, após Carlos Bolsonaro difundir em seu perfil no Twitter que Adelio Bispo —responsável pelo atentado contra Jair Bolsonaro durante a campanha eleitoral de 2018— trabalhou no gabinete do ex-deputado federal Jean Wyllis (PSOL-RJ), um dos principais adversários políticos da família Bolsonaro.

Na decisão publicada hoje, o desembargador Gilmar Augusto Teixeira ressaltou que o entendimento do TJ-RJ é que casos contra vereadores devem ser julgados pela 1ª instância —na mesma linha do que já havia sido decidido pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

A ação é mais um capítulo na conturbada relação entre Carlos Bolsonaro e membros do PSOL. Em maio, Carlos usou o grupo de WhatsApp usado pelos vereadores do Rio durante a pandemia de covid-19 para proferir ofensas contra o partido e contra o PT. Na mesma discussão, ele chamou outro colega de "imbecil" e perguntou se ele estava "fumando estrume". As informações foram reveladas pela TV Globo.

Na semana passada, tornou-se pública outra disputa entre a família Bolsonaro e Jean Willys na Justiça do Rio. O juiz Leonardo de Castro Gomes, de 47ª Vara Cível do Rio, deu um prazo de 15 dias para que o presidente da República pague uma multa a Wyllis e os honorários de sucumbência de seu advogado, após perder em duas instâncias uma ação por dano moral que moveu em 2017 contra o ex-parlamentar.

Segundo a decisão judicial, Bolsonaro pode sofrer penhoras caso não faça o pagamento.

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