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Deputado tucano diz que PSDB fez "operação suicida" ao apoiar bolsonarismo

O deputado estadual do Rio Luiz Paulo Corrêa da Rocha está em processo de desfiliação do PSDB - Reprodução Facebook
O deputado estadual do Rio Luiz Paulo Corrêa da Rocha está em processo de desfiliação do PSDB Imagem: Reprodução Facebook
do UOL

Do UOL, em São Paulo

13/08/2020 09h03Atualizada em 13/08/2020 10h35

Em processo de desfiliação do PSDB, o deputado estadual Luiz Paulo Corrêa da Rocha (RJ) disse, em entrevista ao jornal O Globo, que o partido fez uma "operação suicida" no Rio de Janeiro ao abraçar o que chamou de "conceito do bolsonarismo".

Em seu quinto mandato consecutivo, o ex-vice-governador na gestão Marcello Alencar nos anos 90 disse que o apoio do governador de São Paulo, João Doria Jr, a Jair Bolsonaro (na época filiado ao PSL) no 2º turno da campanha presidencial prejudicou projetos do partido.

"Quando o PSDB abraçou esse conceito do bolsonarismo, ele fez uma operação suicida. Por que esse eleitorado bolsonarista trocaria o Bolsonaro pelo Doria, ou pelo candidato do PSDB no Rio, em vez de votar em candidatos que o Bolsonaro por acaso venha a apoiar? Se você tem o original, por que vai votar na cópia? Quanto a mim, estou do lado oposto tanto do original quanto da cópia. Quero distância dessas concepções bolsonaristas, sou opositor a elas", disse.

Luiz Paulo ainda reclamou do termo "novo PSDB", que serviu de base para o início de processo de desfiliação do partido. Para o deputado, a indicação de Paulo Marinho para a presidência do diretório no Rio de Janeiro foi a gota d'água para a sua decisão.

"Em 2018, Doria apoiou o Bolsonaro e não o (ex-governador de São Paulo, Geraldo) Alckmin. Depois, Doria começou a falar para a imprensa de um "novo PSDB" sem consultar ninguém do partido aqui no Rio. Com base nisso, entrei com justificação para sair sem perda de mandato", disse.

"Ao colocar o Paulo Marinho, suplente do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos), como presidente do diretório no Rio, sinalizou que o partido se aproximaria das teses direitistas e conservadoras do PSL. Eu me filiei há 27 anos no partido da social-democracia. Não aceito autoritarismo", completou.

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