Ministério da Economia atribui recuperação do comércio a "escudo de proteção" do governo
SÃO PAULO (Reuters) - O resultado mensal positivo das vendas no varejo em junho é explicado "pelo escudo de proteção" do governo federal, que permitiu alta nos gastos das famílias, avaliou a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia em nota nesta quarta-feira, ponderando, contudo, que essas políticas são formatadas para o curto prazo.
Dentro desse "escudo" a SPE citou o programa de manutenção de empregos e o auxílio emergencial destinado à população mais pobre, que foi prorrogado até este mês.
"No entanto, é importante indicar que essas políticas são formatadas para o curto prazo e que as reformas estruturais e a consolidação fiscal são o caminho para o desenvolvimento do país", disse a SPE na nota.
O volume de vendas do varejo cresceu 8% em junho sobre maio, segundo divulgou o IBGE nesta quarta-feira, mas o setor fechou o primeiro semestre com queda de 3,1% frente a igual intervalo de 2019, pior desempenho semestral desde a segunda metade de 2016, quando houve queda de 5,6%.
"Os resultados positivos eram esperados porque viemos de uma base de comparação muito baixa, que foi o mês de abril (-17%). Esse crescimento, então, foi praticamente generalizado, distribuído em quase todas as atividades", disse o gerente da pesquisa do IBGE, Cristiano Santos.
Na nota desta quarta, a SPE descreveu a recuperação do comércio como "em V".
O destaque à importância da agência de reformas pela SPE veio um dia depois de o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), unificarem o discurso em defesa da manutenção do teto de gastos.
A convergência do discurso vem no momento em que parlamentares e integrantes do próprio governo dão sinais de que pretendem aumentar gastos públicos após a pandemia do novo coronavírus e após "debandada" --termo utilizado por Guedes-- na pasta da Economia com a saída dos secretários especiais Salim Mattar (Desestatização) e Paulo Uebel (Desburocratização).
(Por José de Castro)
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