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Mais da metade da estrutura de saúde em Beirute está inoperante, alerta OMS

12/08/2020 17h32

Beirute, 12 ago (EFE).- A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou nesta quarta-feira que mais de 50% das clínicas e centros de saúde de Beirute, assim como três os maiores hospitais, não estão operando devido aos efeitos da explosão de quase 3 mil toneladas de nitrato de amônio ocorrida no dia 4 de abril, em um armazém no porto da capital libanesa, que deixou 171 mortos e mais de 6 mil feridos.

"A OMS tem apoiado a avaliação de 55 clínicas de atendimento primário e centros de saúde em toda a cidade, e mais de 50% não estão operando atualmente", disse o diretor de emergências da organização para a região do Mediterrâneo, Richard Brennan, em entrevista coletiva.

Brennan acrescentou que "os 47% ou 48% restantes têm níveis operacionais muito baixos", que "pelo menos três dos maiores hospitais da cidade não estão operacionando" e que outros três "estão funcionando muito abaixo da capacidade normal".

A cidade perdeu cerca de 500 leitos hospitalares, o que impacta o tratamento de pacientes com Covid-19 em meio a um aumento significativo de casos no Líbano.

De acordo com o especialista, os casos de infecção do coronavírus Sars-CoV-2 têm aumentado nas últimas duas semanas, o que atribuiu à abertura do país e à chegada de viajantes internacionais desde antes da explosão.

O representante da OMS destacou que até agora o Líbano tem feito "um trabalho impressionante no controle da Covid-19" e pediu para que os libaneses "não baixem a guarda", apesar da revolta que levou a população à rua para protestar contra o governo e a classe política.

Brennan pediu para que as autoridades de saúde continuem a fazer testes, mantenham o isolamento social e o rastreamento de contatos, e recordou que a OMS enviou 25 toneladas de materiais de proteção contra a Covid-19 nos últimos dias. EFE

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