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McDonald's processa ex-CEO por mentir sobre relacionamentos com funcionárias

11/08/2020 00h47

Nova York, 10 ago (EFE).- O McDonald's processou nesta segunda-feira o ex-diretor executivo Steve Easterbrook, demitido em novembro do ano passado por se relacionar com uma funcionária, após uma recente investigação interna revelar que ele também escondeu outros relacionamentos, destruiu provas e cometeu fraude.

A empresa alega em documentos entregues a um tribunal em Delaware que o ex-CEO teve relações sexuais com três funcionárias um ano antes de ser demitido e agora busca recuperar a indenização de US$ 40 milhões paga pelo desligamento, informou a "CNN".

Easterbrook foi demitido por ter uma relação consensual de sexting (mensagens de texto ou vídeo com conteúdo sexual) com uma funcionária, o que viola as políticas da empresa.

O então diretor disse que aquele foi o único contato "íntimo" que já fez com qualquer subordinado, mas a empresa recebeu em julho uma pista anônima de que realmente houve relações sexuais enquanto ele dirigia a empresa, o que desencadeou uma nova investigação.

A ação apresentada nesta segunda-feira cita como provas "dezenas de vídeos e fotos de nudez explícita e parcial de várias mulheres", incluindo as três funcionárias em questão, conteúdos que Easterbrook supostamente enviou de seu e-mail corporativo.

De acordo com a investigação, Easterbrook "aprovou uma entrega de ações extraordinárias no valor de centenas de milhares de dólares para uma dessas funcionárias no meio da relação sexual".

O McDonald's alega que o ex-CEO mentiu aos investigadores internos e ao conselho de administração, levando-os a acreditar que a sua demissão poderia ser considerada "sem justa causa", razão pela qual conseguiu obter uma indenização e vários bônus que acabaram chegando a US$ 42 milhões.

Easterbrook, que assumiu o comando da empresa em 2015, foi imediatamente substituído, após a demissão, por Chris Kempczinski, que dirigia o McDonald's nos Estados Unidos.

Em e-mail aos funcionários divulgado pela imprensa americana, Kempczinski relatou nesta segunda-feira que o McDonald's "recentemente tomou conhecimento, através do relato de um funcionário, de novas informações relacionadas à conduta" de Easterbrook.

"Sabemos agora como a sua conduta se desviou dos nossos valores de formas muito mais diferentes do que sabíamos quando ele deixou a empresa, no ano passado. O McDonald's não tolera comportamentos de nenhum funcionário que não reflitam os nossos valores", acrescentou.

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