Novo indicador econômico de SP mostra avanço de 6,8% no PIB em junho
A Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) lançou hoje (10) um novo indicador, que vai monitorar a economia paulista em tempo real. Chamado de PIB+30, o indicador revelou que, em junho, o Produto Interno Bruto (PIB) do estado avançou 6,8% com relação a maio.
Já na comparação com junho de 2019, a evolução foi de 1,8%. Em relação ao resultado trimestral, o PIB+30 registrou retração de 5,4% no segundo trimestre de 2020 na comparação com o mesmo período de 2019. Já no primeiro semestre deste ano, houve retração de 1,3% em relação ao verificado nos seis primeiros meses do ano passado.
Segundo o secretário da Fazenda e Planejamento de São Paulo, Henrique Meirelles, a análise desse indicador vai demonstrando que o nível de atividade econômica do estado vai se recuperar antes do previsto, provavelmente já na virada deste ano. "Mas não há dúvidas de que, mantido o ritmo atual, teremos uma recuperação muito mais cedo do que se esperava. A expectativa era para algo mais tarde, durante o ano de 2021", disse o secretário hoje, em entrevista à imprensa ao lado do governador João Doria.
Indicador
A ideia do novo indicador é agilizar as estatísticas do PIB no estado. "Trata-se de uma ferramenta de gestão inovadora, que permite examinar as estatísticas da atividade econômica a uma velocidade muito superior às análises de PIB conhecidas até agora", disse o governador de São Paulo, João Doria.
O indicador representa cerca de 97% do PIB estadual e será apresentado na forma de índices e taxas ajustadas sazonalmente. A metodologia do PIB+30 tem como referência o mês anterior.
O novo indicador reflete o cálculo do PIB do estado e dos municípios, estes em conjunto com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); além do sistema de estatísticas conjunturais, composto pelo PIB Trimestral (estado e regiões) e PIB Mensal (estado).
Para o secretário da Fazenda, o PIB+30 ajudará o estado a estabelecer o processo de retomada econômica. "A ideia é exatamente diminuir o período entre a base de ocorrência de crescimento ou queda do PIB e a data de publicação, diminuindo a defasagem em cerca de um mês. Isso nos permite acompanhar com maior precisão essa evolução e identificar rapidamente mudanças de atividade econômica no estado", afirmou Meirelles
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