Lukashenko é reeleito em Belarus com 80% dos votos, diz pesquisa
Segundo a agência estatal "Belta", a candidata da oposição unificada, Sviatlana Tsikhanouskaya, alcançaria 6,8%, resultado distante do que os analistas previam.
Lukashenko, de 65 anos, no poder desde 1994, buscava um sexto mandato presidencial em uma eleição que pela primeira vez não contou com a presença de observadores ocidentais.
Embora Tsikhanouskaya tenha reunido dezenas de milhares de pessoas em seus comícios, Lukashenko alegou que uma mulher não poderia ser presidente de Belarus e negou a opositora fosse sua "principal rival".
De acordo com as pesquisas, a terceira candidata, a ex-parlamentar Anna Kanopatskaya, teria recebido 2,3%; Andrei Dmitriev, co-presidente do Movimento "Diga a verdade!", 1,1%, e Sergey Cherechen, líder social-democrata, 0,9%.
O dia das eleições foi marcado por grande participação dos eleitores, com diversas filas nos colégios eleitorais, incluindo na instalada na embaixada de Belarus em Moscou, e o bloqueio da internet, que a oposição considerou um estratagema para impedir a mobilização popular e uma contagem paralela dos votos.
Durante a campanha, a KGB prendeu dois dos principais candidatos da oposição e um terceiro teve de ir para o exílio, além de mais de mil detidos, entre ativistas, observadores e repórteres.
Além do impedimento da realização de comícios em Minsk na semana passada, dez colaboradores de Sviatlana Tsikhanouskaya, incluindo seu diretor de campanha, foram presos, alguns nas últimas horas.
Diante de apelos às redes sociais para irem às ruas quando chegar o fim a votação, Lukashenko alertou que não permitirá um "Maidan", referindo-se à revolução na Ucrânia, enquanto Tsikhanouskaya exortou todos os cidadãos, "civis e de uniforme", para não recorrer à violência.
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