Macron pede reformas no Líbano e diz que voltará para acompanhar a situação
"Além da explosão, existe hoje uma crise política, moral, econômica e financeira que durou vários meses, vários anos, e isto implica fortes iniciativas políticas", disse Macron em reunião com o mandatário libanês, Michel Aoun.
De acordo com um comunicado do Palácio do Eliseu, Macron falou com Aoun, o primeiro-ministro libanês, Hassan Diab, e o presidente do Parlamento, Nabih Berri, com "muita franqueza e transparência".
Macron argumentou que está na hora de tomar "iniciativas políticas fortes para combater a corrupção, impor transparência e realizar as reformas" sugeridas na grande conferência de doadores internacionais CEDRE em Paris, em 2018.
Estas reformas estão relacionadas ao combate à corrupção e a opacidade do sistema bancário, a melhora do setor energético para garantir o fornecimento de luz e a adoção do programa do Fundo Monetário Internacional (FMI), que o Líbano tem negociado com a entidade desde maio.
Macron anunciou que voltará ao Líbano no dia 1º de setembro para acompanhar a situação e tais reformas.
O mandatário francês também se reuniu com os líderes das principais forças políticas libanesas (cristãs, sunitas e xiitas) e declarou que é necessário restaurar a "confiança e esperança" dos cidadãos da classe governante, sendo necessário "construir uma nova ordem política".
Em entrevista coletiva, Macron comentou que não pode assumir a responsabilidade pelo "governo soberano eleito" do Líbano, mas que tem o dever de "construir um novo acordo nacional com o povo libanês nas próximas semanas".
Macron também prometeu que a França organizará uma conferência internacional de apoio ao Líbano e organizará a ajuda ao país com outros países e agências internacionais.
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