Topo
Notícias

Macron pede reformas no Líbano e diz que voltará para acompanhar a situação

07/08/2020 00h34

Beirute, 6 ago (EFE).- O presidente da França, Emmanuel Macron, pediu nesta quinta-feira para que as autoridades libanesas realizem reformas e anunciou que voltará ao Líbano para acompanhar a situação do país após a explosão de terça-feia no porto de Beirute, que deixou 137 mortos e mais de 5 mil feridos.

"Além da explosão, existe hoje uma crise política, moral, econômica e financeira que durou vários meses, vários anos, e isto implica fortes iniciativas políticas", disse Macron em reunião com o mandatário libanês, Michel Aoun.

De acordo com um comunicado do Palácio do Eliseu, Macron falou com Aoun, o primeiro-ministro libanês, Hassan Diab, e o presidente do Parlamento, Nabih Berri, com "muita franqueza e transparência".

Macron argumentou que está na hora de tomar "iniciativas políticas fortes para combater a corrupção, impor transparência e realizar as reformas" sugeridas na grande conferência de doadores internacionais CEDRE em Paris, em 2018.

Estas reformas estão relacionadas ao combate à corrupção e a opacidade do sistema bancário, a melhora do setor energético para garantir o fornecimento de luz e a adoção do programa do Fundo Monetário Internacional (FMI), que o Líbano tem negociado com a entidade desde maio.

Macron anunciou que voltará ao Líbano no dia 1º de setembro para acompanhar a situação e tais reformas.

O mandatário francês também se reuniu com os líderes das principais forças políticas libanesas (cristãs, sunitas e xiitas) e declarou que é necessário restaurar a "confiança e esperança" dos cidadãos da classe governante, sendo necessário "construir uma nova ordem política".

Em entrevista coletiva, Macron comentou que não pode assumir a responsabilidade pelo "governo soberano eleito" do Líbano, mas que tem o dever de "construir um novo acordo nacional com o povo libanês nas próximas semanas".

Macron também prometeu que a França organizará uma conferência internacional de apoio ao Líbano e organizará a ajuda ao país com outros países e agências internacionais.

Notícias