Inteligência dos EUA: China quer Trump fora e Rússia tenta prejudicar Biden
A China preferiria que o presidente Donald Trump, considerado por Pequim um personagem "imprevisível", perdesse a reeleição nas presidenciais americanas de novembro e "incrementou seus esforços de ingerência" com vistas à votação, avaliaram hoje os serviços de Inteligência dos Estados Unidos.
O Irã também tenta "debilitar" o atual presidente americano, enquanto a Rússia está interferindo para causar danos à campanha do adversário democrata de Trump, Joe Biden, informou em um comunicado William Evanina, diretor do Centro Nacional de Contra-inteligência e Segurança (NCSC).
"A China tem expandido seus esforços de influência antes de novembro de 2020 para moldar o ambiente político nos Estados Unidos, pressionar figuras políticas que ela considera opostas aos interesses próprias, além de desviar e retrucar críticas sobre a China", disse Evanina.
"Avaliamos que a Rússia está usando uma série de medidas para denegrir principalmente o ex-vice-presidente Biden e o que vê como uma visão anti-Rússia", acrescenta o relatório.
"Isso é consistente com as críticas públicas de Moscou a ele quando era vice-presidente por seu papel nas políticas do governo Obama para a Ucrânia e seu apoio à oposição de Putin dentro da Rússia."
Trump segue atrás de Biden em quatro pesquisas recentes nas eleições marcadas para novembro de 2020. Por isso, o presidente briga por votos no tradicional estado de Ohio, com o coronavírus ameaçando suas chances de conseguir um segundo mandato.
Após falar a um pequeno público no aeroporto de Cleveland, ontem, Trump deu um discurso com tom de campanha em uma fábrica em Ohio e falou sobre a religião do seu adversário político.
"Ele está seguindo a agenda da esquerda radical: tomar nossas armas, destruir a Segunda Emenda, sem religião, sem nada, machucar a bíblia, machucar Deus", disse Trump, sobre Biden, em seu discurso em Cleveland. "Ele é contra Deus."
*Com informações da AFP
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