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'Está sendo um fracasso', diz Doria sobre postura de Bolsonaro na pandemia

Governador João Doria (PSDB) durante entrevista coletiva - ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
Governador João Doria (PSDB) durante entrevista coletiva Imagem: ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
do UOL

Felipe Pereira e Patrick Mesquita

Do UOL, em São Paulo

07/08/2020 14h09

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse hoje que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) "está sendo um fracasso" no combate à pandemia. Em entrevista coletiva concedida no Palácio dos Bandeirantes, o político tucano negou que sua administração enquadre mortes suspeitas automaticamente como covid-19 e pediu que o chefe do Executivo seja um "líder".

"São Paulo não manuseia números, e eu tenho convicção que os outros estados não fazem manuseio dos números. O presidente tem uma suposição equivocada, dolosa e nociva", disse. "Gostaria de convidar o presidente a visitar um hospital de campanha, coisa que ele não fez até agora, e que tivesse uma postura melhor em relação ao coronavírus, não fosse negativista e liderasse o país no combate à pandemia. Aí sim ele estaria fazendo jus à sua condição de presidente da República. Na pandemia, tenho que dizer a afirmar: o presidente está sendo um fracasso."

Doria disse esperar que as pessoas próximas ao presidente que foram infectadas pelo vírus sirvam de exemplo para que Bolsonaro mude sua postura.

"Tomara que ele se recupere, como vítima do coronavírus que foi, sua esposa e outros ministros possam servir de exemplo a ele para ter uma conduta menos partidária, menos politizada, menos antagonista. Que ele seja de fato um líder que até agora não foi", afirmou.

Um pouco antes, sem citar Bolsonaro nominalmente, Doria criticou o tratamento dado à covid-19, chamada de "gripezinha" pelo presidente. Além disso, reforçou a postura contrária à defesa da cloroquina no combate à doença.

"Cem mil brasileiros perderam suas vidas até agora. Não era uma gripezinha, não era um resfriadozinho. Não era com a cloroquina que poderíamos ter salvado 100 mil vidas que se foram", afirmou Doria.

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