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Empresas e fundações vão montar laboratório para vacina e doá-lo à Fiocruz

Grupo também vai investir em adequações de Bio-Manguinhos e na compra de equipamentos - Miguel Noronha/Futura Press/Estadão Conteúdo
Grupo também vai investir em adequações de Bio-Manguinhos e na compra de equipamentos Imagem: Miguel Noronha/Futura Press/Estadão Conteúdo
do UOL

Do UOL, em São Paulo

07/08/2020 15h08Atualizada em 07/08/2020 18h20

Ambev, Americanas, Itaú Unibanco, Stone, Instituto Votorantim, Fundação Lemann, Fundação Brava e Behring Family Foundation anunciaram hoje que vão financiar a infraestrutura necessária para produção da vacina contra o novo coronavírus e doá-la à Fiocruz.

Inicialmente, será construído um laboratório de controle de qualidade para a realização dos testes, que incluem desde a incorporação da tecnologia por Bio-Manguinhos, a unidade produtora de imunobiológicos da Fiocruz, até o processamento final da vacina — neste caso, a candidata desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, em parceria com a farmacêutica AstraZeneca.

O Brasil, por meio da Fiocruz, já assinou um documento com a AstraZeneca que servirá como base para o acordo (ainda a ser firmado) entre as duas partes sobre a transferência e produção de 100 milhões de doses da vacina, caso seja comprovada a sua eficácia e segurança.

O projeto está na fase 3 de testes no Brasil. A expectativa é de que a vacina seja registrada na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) ainda neste ano. A partir daí, as doses produzidas serão disponibilizadas ao PNI (Programa Nacional de Imunizações), que se encarregará de distribuí-las para a população.

Além disso, o grupo vai investir em adequações do parque fabril de Bio-Manguinhos e na compra de equipamentos necessários à absorção total da tecnologia para produção da vacina. A previsão é de que a infraestrutura esteja pronta até o começo de 2021.

Quando concluídos todos os investimentos, Bio-Manguinhos terá também capacidade para produzir outras vacinas no futuro, incluindo outros tipos contra a covid-19 que eventualmente forem aprovados.

A preparação destas instalações fabris terá um custo de cerca de R$ 100 milhões. As empresas e fundações são responsáveis por 100% desses investimentos.

A Ambev será corresponsável, junto com a Fiocruz, pela gestão e execução do projeto, sob supervisão técnica de Bio-Manguinhos/Fiocruz. O escritório Barbosa, Mussnich e Aragão Advogados atuará voluntariamente (pro bono) como consultor jurídico do projeto. Um comitê composto por todas as empresas e fundações será formado para acompanhar o andamento das obras e aquisições dos equipamentos.

Parte dos integrantes da coalizão também apoiará a construção de uma fábrica similar no Instituto Butantan, em São Paulo, onde está sendo desenvolvida a CoronaVac, em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac Biotech.

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