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Trump promete ajuda a inquilinos e desempregados, caso Congresso não avance

06/08/2020 15h41

Washington, 6 Ago 2020 (AFP) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira (6) que estenderá por decreto uma moratória aos despejos de inquilinos com dificuldades para pagar os aluguéis devido à crise econômica decorrente da pandemia de coronavírus, além de ampliar o auxílio aos desempregados, caso um novo plano de ajuda permaneça paralisado no Congresso.

"Ao sair do Salão Oval para Ohio, notifiquei minha equipe para continuar trabalhando em uma Ordem Executiva" sobre reduções de impostos para trabalhadores, proteções de despejo, extensões de auxílio-desemprego e opções de pagamento de empréstimos estudantis, listou em um tuíte.

Depois, disse à imprensa na Casa Branca que pode assinar o decreto "provavelmente amanhã (sexta-feira) à tarde" ou sábado de manhã, se o Congresso não chegar a um acordo.

"Vou fazer, sim, vou fazer", garantiu o presidente mais cedo sobre a proteção a inquilinos durante uma entrevista com o radialista conservador Geraldo Rivera. "Farei isso com os despejos", acrescentou.

Trump, que está atrás do candidato democrata Joe Biden nas pesquisas de intenção de voto para a eleição presidencial de novembro, vem sinalizando há dias que poderia prolongar discretamente o plano de alívio para os despejos e também estender os benefícios adicionais ao desemprego.

Essa atitude responde ao constante fracasso das negociações entre republicanos e democratas no Congresso para aprovar um novo plano de estímulo geral.

O Congresso discute há semanas uma proposta de quase US$ 1 trilhão por parte do Senado, onde os republicanos são maioria, e outro pacote de US$ 3 bilhões impulsionado pelos democratas que controlam a Câmara de Representantes.

Trump planeja usar sua autoridade presidencial para estender os auxílios monetários adicionais aos desempregados, agora expirados, e a proteção contra despejos que faziam parte do primeiro pacote de estímulo pela pandemia, conhecido como lei CARES.

Os republicanos insistem em reduzir os subsídios semanais adicionais por desemprego para US$ 200, enquanto os democratas querem manter o valor do plano anterior, de US$ 600 por semana.

"Ainda estamos em trilhões dólares" de diferença entre os planos propostos pelos democratas e republicanos, lamentou na quarta-feira Mark Meadows, chefe de Gabinete.

O controle que o Congresso exerce sobre o orçamento lança dúvidas sobre a autoridade de Trump para ordenar medidas deste teor, mas o presidente republicano tem se mostrado propenso a usar as ordens executivas com vistas à proximidade das eleições presidenciais, nas quais vai tentar um segundo mandato.

Pesquisas de opinião indicam que a maioria dos americanos desaprova sua gestão da crise de saúde e que o prejuízo que a pandemia infligiu à economia lhe privou de ostentar o discurso de sua campanha à reeleição.

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