BC corta juros para 2%, o menor patamar histórico
O Comitê de Política Monetária da instituição (Copom) decidiu por unanimidade reduzir a taxa com base no fato de que os setores da economia mais impactados pela crise provocada pelo novo coronavírus "permanecem deprimidos", e por isso a situação exige "um estímulo monetário extraordinariamente elevado".
"No cenário externo, a pandemia da Covid-19 continua provocando a maior retração econômica global desde a Grande Depressão", disse o BC em comunicado.
Este cenário é ainda mais desafiador, diz o Banco Central, para as economias emergentes, como o Brasil, onde, apesar dos indicadores recentes sugerindo "uma recuperação parcial", a incerteza sobre a taxa de crescimento permanece em um nível "acima do habitual".
O BC indicou ainda que "não antevê reduções no grau de estímulo monetário, a menos que as expectativas de inflação, assim como as projeções de inflação de seu cenário básico, estejam suficientemente próximas da meta de inflação para o horizonte relevante de política monetária, que atualmente inclui o ano-calendário de 2021 e, em grau menor, o de 2022".
De acordo com as últimas previsões do mercado financeiro, o Produto Interno Bruto (PIB) cairá 5,66% neste ano, uma previsão muito mais otimista do que a apresentada por organizações internacionais como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional, que situam a queda entre 8% e 9%.
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