Topo
Notícias

Esse conteúdo é antigo

Saúde nega subnotificação de casos de covid e diz que há testes sobrando

Teste conhecido como o RT-PCR é o mais acurado para detectar o novo coronavírus - iStock
Teste conhecido como o RT-PCR é o mais acurado para detectar o novo coronavírus Imagem: iStock
do UOL

Do UOL, em São Paulo

05/08/2020 19h37

O Ministério da Saúde declarou, na tarde de hoje, que testes para detecção da covid-19 não estão em falta no país. A pasta também afirmou que é cedo para realizar projeções sobre o achatamento da curva de infecções e que é necessário saber o tipo de vacina que estará disponível ao público antes de determinar como será sua distribuição, caso a imunização esteja disponível em breve.

"Não falta teste. Inclusive o Ministério tem um estoque muito grande de testes que estão armazenados na nossa central de armazenamento. Porque os testes exigem armazenamento na temperatura adequada e, como nem todos os estados possuem grande local de estocagem, o Ministério envia os testes conforme o estado vai utilizado e vai sendo necessário repor", declarou a Diretora do Departamento de Articulação Estratégica de Vigilância em Saúde Substituta, Greice Madeleine do Carmo.

Carmo também disse que "não há relação entre a falta de testes e consumo" e que todos os estados têm testes sobrando, a ponto de o Ministério da Saúde também distribuir testes para instituições públicas e hospitais universitários.

Os técnicos da pasta foram questionados sobre até quando o país continuará confirmando alta quantidade de novos diagnósticos de covid-19 — só nas últimas 24h, foram registrados mais 57.152 infectados pelo novo coronavírus e 1.437 óbitos. Secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros respondeu que não gosta de "fazer previsões e projeções", mas pediu que a população mantenha medidas de prevenção recomendadas pela OMS (Organização Mundial de Saúde).

"Usem máscara, higienizem as mãos, mantenham distanciamento mínimo de um metro, evitem aglomerações", afirmou Medeiros.

Vacinas

Medeiros voltou a repetir que, caso a vacina de Oxford seja aprovada, a estimativa de entrega para a população brasileira seria em dezembro deste ano. Ele também citou um contrato para que o Brasil adquirisse parte da tecnologia e pudesse produzir a imunização em solo nacional, criando independência em relação a outros países.

O secretário não descartou o interesse do ministério em adquirir outras vacinas que também estão sendo testadas no combate à covid-19: "O Ministério da Saúde terá interesse em adquirir a primeira vacina que ficar disponível para a população, desde que essa vacina tenha a eficácia comprovada. O ministério tem total interesse em adquirir qualquer vacina, desde que seja com sua eficácia comprovada", disse.

Eduardo Macário, Diretor do Departamento de Análise em Saúde e Vigilância de Doenças Não Transmissíveis, pontuou que a distribuição seria similar à que ocorre no caso da campanha de vacinação para a gripe.

"Estamos nos preparando da melhor forma possível, nos baseando principalmente nas evidências e em qual tipo de vacina a gente vai estar recebendo", declarou ele, afirmando ser necessário entender o público-alvo mais adequado e se a imunidade é permanente.

Notícias