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Casos de covid-19 no sistema prisional crescem 82% em 30 dias, diz CNJ

Casos de covid-19 no sistema prisional cresceram 82% em 30 dias, de acordo com o Conselho Nacional de Justiça - Getty Images
Casos de covid-19 no sistema prisional cresceram 82% em 30 dias, de acordo com o Conselho Nacional de Justiça Imagem: Getty Images
do UOL

Do UOL, em São Paulo

05/08/2020 18h45Atualizada em 05/08/2020 20h24

O número de infectados por coronavírus no sistema prisional brasileiro teve um aumento de 82,3% nos últimos 30 dias, chegando a 19.683 casos e 150 óbitos. Os dados foram divulgados hoje pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

O levantamento mostra que, das 27 unidades da Federação Brasileira, apenas 21 apresentaram atividades de seus comitês de acompanhamento e combate à propagação da doença.

Sobre os índices de testagem, dados de Tribunais de Justiça de 26 estados mostram que foram realizados 25.573 testes para a covid-19 em pessoas presas no Brasil, cerca de 3,5% da população carcerária no país. Entre servidores, esse número é de 23.594 exames, 18,5% do total brasileiro.

No caso do sistema socioeducativo, que abrange menores de idade, houve testagem de 3.914 adolescentes privados de liberdade e em 8.173 trabalhadores dessas unidades, em 22 estados.

Contágios e óbitos na última semana

Em relação aos últimos sete dias, o boletim semanal do CNJ, com informações do Depen (Departamento Penitenciário Nacional), aponta 2.036 novos casos de pessoas privadas de liberdade infectadas pelo coronavírus. Dentre os servidores, foram 524 diagnosticados.

Mato Grosso do Sul, Pernambuco e Santa Catarina são os estados com maior aumento de infectados nessa população, além de São Paulo. Sob comando do governador João Doria (PSDB), a região mudou seu método de contagem, incluindo resultados de testes rápidos, o que aumenta registro de ocorrências.

Já no sistema socioeducativo, foram registrados 306 novos casos de coronavírus entre servidores e 50 entre jovens no período. O monitoramento mostrou uma alta nos registros entre trabalhadores das unidades no estado de São Paulo, que, segundo o CNJ, começou uma busca ativa por assintomáticos.

Por fim, o conselho ressalta que o tamanho da população encarcerada e a política de testagem utilizada por cada estado tem diferença no número final de casos detectados.

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