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Sem provas, Trump diz que explosões em Beirute parecem 'ataques terríveis'

4 de agosto de 2020 - Silo destruído no local de uma explosão no porto de Beirute, capital do Líbano  - STR / AFP
4 de agosto de 2020 - Silo destruído no local de uma explosão no porto de Beirute, capital do Líbano Imagem: STR / AFP
do UOL

Do UOL, em São Paulo*

04/08/2020 20h31

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse hoje, sem ter provas concretas, que as violentas explosões que sacudiram Beirute se parecem com um "ataque terrível" e que foram causadas por "algum tipo de bomba".

As autoridades locais informaram, por volta das 20h, que pelo menos 78 pessoas morreram e mais de 4 mil ficaram feridas. O governo libanês criou um comitê para investigar as causas da tragédia.

O chefe de Segurança Geral do Líbano, Abbas Ibrahim, disse que 2.750 toneladas de nitrato de amônio — usada na produção de explosivos e fertilizantes — estavam no porto de Beirute quando houve a explosão.

"Nós temos uma relação muito boa com o povo do Líbano e estaremos lá para ajudar. Parecem um ataque terrível", disse Trump a jornalistas na Casa Branca.

"Parece isso, com base na explosão", acrescentou o presidente americano. "Encontrei nossos generais e eles acham que foi isso. Não foi um evento do tipo explosão de fábrica. Parece, segundo eles — e eles sabem melhor do que eu —, que foi um ataque", completou.

O comitê investigativo foi criado pós reunião do Conselho de Alta Defesa, que contou com o primeiro-ministro, Hassan Diab, e o presidente Michel Aoun. Segundo as autoridades, as famílias das vítimas receberão indenizações do governo.

No Twitter, Aoun disse ser "inaceitável" a quantia de nitrato de amônio guardada no depósito desde 2014 sem medidas de segurança. Ele ainda prometeu "punições severas" aos responsáveis.

Aoun afirmou, em entrevista para Reuters, que um estado de emergência deve ser declarado em Beirute pelas próximas duas semanas.

A situação causou pânico e destruição na região portuária. Uma gigantesca coluna de fumaça pôde ser vista de toda a cidade, relataram testemunhas e a mídia local.

Vitrines de lojas de diversos bairros estouraram e carros foram abandonados nas ruas sem os vidros e com o airbag acionado. Muitas casas perderam suas sacadas. O impacto foi sentido até no Chipre, a mais de 200 km da costa libanesa.

*Com informações da AFP

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