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Governo quer diminuir direitos, diz Força Sindical sobre redução do FGTS

Proposta de Paulo Guedes é diminuir depósitos no FGTS de 8% para 6% sobre o salário do empregado - Getty Images
Proposta de Paulo Guedes é diminuir depósitos no FGTS de 8% para 6% sobre o salário do empregado Imagem: Getty Images
do UOL

Do UOL, em São Paulo

04/08/2020 14h58Atualizada em 04/08/2020 16h39

A Força Sindical criticou o plano do ministro da Economia, Paulo Guedes, de reduzir o percentual de FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) pago pelas empresas a seus funcionários.

Em nota, a entidade afirmou que a proposta, se levada adiante, vai "diminuir ainda mais os direitos dos trabalhadores" e privá-los de uma assistência fundamental no momento da demissão sem justa causa.

"Ao propor mexer no FGTS dos trabalhadores, o governo mostra que, ao contrário de corrigir as distorções atuais do sistema, quer diminuir ainda mais os direitos dos trabalhadores", disse a Força Sindical.

Reportagem publicada hoje pelo jornal "O Estado de S. Paulo", diz que Guedes pretende enviar ao Congresso uma proposta que reduz de 8% para 6% do valor dos salários que é depositado pelas empresas nas contas do FGTS dos empregados.

A medida, de acordo com o jornal, seria uma estratégia do ministro para tentar diminuir as resistências no Congresso à criação de um novo imposto sobre transações digitais no mesmo modelo da extinta CPMF, mas com alcance maior.

Na nota enviada à imprensa, a Força Sindical afirmou que defende a necessidade de uma ampla reforma tributária no país para corrigir a desigualdade social.

"Defendemos uma tributação simplificada, para combater a ineficácia, a sonegação e os custos das empresas, e, sobretudo, progressiva, que se baseia na participação proporcional de empresas e cidadãos. Paga mais quem ganha mais", disse a entidade.

A Força Sindical declarou ainda que, por se tratar se assunto de alta relevância social, deve-se buscar mecanismos para ampliar o debate e a negociação sobre a reforma tributária com os diversos setores da sociedade, especialmente com os trabalhadores e sindicatos.

"Os debates sobre a reforma tributária não podem se resumir a um convescote das elites, num momento marcado pela baixa participação social e democrática por conta da pandemia do coronavírus", afirmou.

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