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Israel oferece ajuda humanitária ao Líbano após explosão em Beirute

04/08/2020 20h35

Jerusalém, 4 ago (EFE).- Israel, que não tem relações diplomáticas com o Líbano, juntou-se à lista de países que ofereceram ajuda humanitária ao país árabe após a explosão ocorrida na tarde desta terça-feira no porto de Beirute e que deixou mais de 50 mortos e 2.750 feridos, além de graves danos materiais.

O Ministério da Defesa de Israel informou que entrou em contato com o Líbano através de "canais diplomáticos e de segurança internacional" e ofereceu "ajuda médica humanitária" e "assistência imediata".

A iniciativa, liderada pelo ministros da Defesa, Benny Gantz, e das Relações Exteriores, Gabi Ashkenazi, coloca Israel em uma longa lista de países e organizações internacionais que ofereceram assistência ao Líbano, que, além dos enormes danos sofridos hoje, vive uma profunda crise econômica.

Além disso, Yair Lapid, o líder da oposição ao governo de Benjamin Netanyahu, também falou sobre a explosão. Em mensagem publicada em árabe e inglês no Twitter, ele manifestou "profundas condolências aos moradores de Beirute neste momento difícil" e afirmou desejar "uma rápida recuperação a todos os feridos".

O presidente israelense, Reuven Rivlin, também utilizou a rede social para prestar apoio.

"Compartilhamos a dor do povo libanês e, sinceramente, oferecemos nossa ajuda neste momento difícil", declarou.

A imprensa israelense citou fontes políticas e de segurança locais que descartaram qualquer envolvimento ou responsabilidade do país na explosão.

Este esclarecimento responde a especulações que ligavam o incidente ao atual contexto de tensão entre Israel e a milícia xiita libanesa Hezbollah, após um incidente na segunda-feira da semana passada no qual o exército israelense fez disparos sobre o que descreveu como um "comando do Hezbollah" que atravessou a fronteira armado e retornou ao Líbano após uma troca de tiros sem baixas.

Além disso, a milícia libanesa advertiu que vingaria a morte de um de seus membros em um ataque na Síria atribuído a Israel.

Neste contexto, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu advertiu nesta terça ao Hezbollah que Israel "fará tudo o que for necessário para se defender".

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