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Duque defende ex-presidente Uribe, alvo de ordem de captura na Colômbia

Em Bogotá, o presidente da Colômbia, Iván Duque, concede entrevista - Juan Barreto/AFP
Em Bogotá, o presidente da Colômbia, Iván Duque, concede entrevista Imagem: Juan Barreto/AFP

04/08/2020 20h00

Bogotá, 4 Ago 2020 (AFP) - O presidente da Colômbia, Iván Duque, fez nesta terça-feira (4) uma ferrenha defesa do ex-mandatário e líder de seu partido, Álvaro Uribe, cuja prisão foi ordenada pela Suprema Corte de Justiça em meio a um processo por manipulação de testemunhas contra um opositor.

"Sou e serei sempre um crente na inocência e na respeitabilidade de quem, com seu exemplo, ganhou um lugar na história da Colômbia", declarou Duque em mensagem transmitida nas redes sociais. Uribe também publicou, em rede social, a decisão tomada pela justiça colombiana após a deliberação do caso.

Como senador, Uribe tem foro privilegiado e só pode ser investigado pela Suprema Corte.

Embora o tribunal não tenha ainda se pronunciado sobre a inédita determinação contra um ex-presidente colombiano, a imprensa local garante que Uribe teve concedida prisão domiciliar.

"Dói como colombiano ver que muitos que dilaceraram o país com barbárie possam se defender em liberdade ou até tenham garantido jamais ser presos, e que um servido público exemplar, que ocupou a mais alta dignidade do Estado, não possa se defender em liberdade, com a presunção de inocência", defendeu Duque.

Em 2012, Uribe apresentou uma denúncia contra o senador de esquerda Iván Cepeda, um de seus maiores adversários políticos, por contactar ex-paramilitares presos para que envolvam o então presidente colombiano em atividades criminosas com base em falsos testemunhos.

A corte, porém, rejeitou a denúncia contra Cepeda e, em 2018, decidiu abrir uma investigação contra Uribe pela mesma suspeita: manipulação de testemunhos contra um opositor.

Uribe, de 68 anos, que sempre alegou inocência e conta com um sólido apoio popular por sua política linha-dura contra as guerrilhas esquerdistas, responderá por suborno e fraude processual, crimes que podem lhe valer oito anos de prisão.

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