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SP tem queda de 8% em mortes e 2,5% em internações na última semana

Em relação aos dados da semana entre 19 e 25 de julho, São Paulo teve 323 menos internações e 151 menos óbitos entre 26 de julho e 1º de agosto - Amanda Perobelli
Em relação aos dados da semana entre 19 e 25 de julho, São Paulo teve 323 menos internações e 151 menos óbitos entre 26 de julho e 1º de agosto Imagem: Amanda Perobelli
do UOL

Do UOL, em São Paulo*

03/08/2020 13h03

O Estado de São Paulo registrou queda nos números de internações e óbitos provocados pelo novo coronavírus na última semana. A informação foi anunciada hoje pelo governador João Doria (PSDB) em entrevista coletiva.

Na semana entre 26 de julho e 1º de agosto, foram 12.551 internações nas cidades paulistas, ante 12.874 internações entre 19 e 25 de julho. Ao todo, 323 pessoas internadas a menos, ou 2,5% de redução. O governo paulista já havia registrado quedas no balanço apresentado na última semana.

São Paulo teve 1.719 mortes entre 26 de julho e 1º de agosto, ante 1.870 do período entre 19 e 25 de julho. A queda foi de 8%, ou 151 óbitos a menos.

Dados apresentados hoje pelo governo de São Paulo mostram que o estado já registrou 560.218 casos desde o início da pandemia, com 23.365 mortes. A taxa de ocupação das UTIs é de 61,6% em todo o estado; na Grande São Paulo o número é de 59,9%. Atualmente, há 5.570 internados em UTIs e 7.486 em leitos de enfermaria.

Embora o mês de julho tenha registrado mais óbitos do que o mês de junho (32.912, contra 30.215 do mês anterior), o governo paulista acredita em influência dos dados do começo do último mês. Além disso, foram 1.257.813 novos casos em julho — pouco menos do que os 1.408.485 diagnósticos desde o começo da pandemia até o final de junho.

Para o governador Doria, é importante destacar que, apesar do acumulado de julho, os números das últimas semanas são positivos. "O mês é o passado, a semana é o presente. O fato presente é que estamos tendo uma queda. Este é o fato bom, positivo e real", analisou.

Para o secretário de Saúde, Jean Gorinchteyn, os números sinalizam uma possível queda da pandemia também no interior do estado. "No interior, tivemos 1% das internações em queda e 5%, nos últimos dados, mostrando que os óbitos caíram, já sugerindo que o interior possa estar também, assim como a capital, saindo do platô", disse Gorinchteyn.

"Na região metropolitana, tivemos níveis que nos trouxeram bastante satisfação. Diminuímos 2% no número de internações e 29% no número de óbitos. Aumentamos os testes e aumentaremos ainda mais, pois o objetivo nada mais é que reduzir a subnotificação", acrescentou.

Entre 19 e 25 de julho, o número de óbitos foi 4% menor do que o registrado na semana epidemiológica anterior, entre 12 e 18 de julho. O número de internações nas cidades paulistas também caiu 4% no período.

"O estado de São Paulo reduziu nas duas últimas semanas os números de internações e óbitos", destacou João Gabbardo, coordenador executivo do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo.

"Essa redução se deu pela oferta de leitos, e esses leitos de UTI hoje, estão caindo (os números de ocupação), estão próximos de 60%. São 61% no Estado de São Paulo. Ou seja, temos quase metade — 40% — dos leitos disponíveis para o atendimento da população", acrescentou.

Projeção: até 31 mil mortes até dia 15

Projeções feitas pelo Centro de Contingência estimam que o Estado de São Paulo pode ter entre 26 mil e 31 mil mortes pelo novo coronavírus até o dia 15 de agosto. Em números de casos confirmados da doença, a estimativa é de que, até esta data, o estado tenha entre 620 mil a 720 mil casos.

Balanço da Secretaria Estadual da Saúde, também divulgado na coletiva de hoje, mostra que o estado registrou 48 mortes em 24 horas, e 1.533 novos casos no mesmo período. Às segundas-feiras, os registros de mortes e casos confirmados costumam ser menores, dado o atraso no registro aos finais de semana.

De acordo com o balanço, 378.683 pessoas já se recuperaram da doença em todo o estado, de acordo com o balanço.

Mudança no Centro de Contingência

Uma mudança no Centro de Contingência de São Paulo foi anunciada na entrevista coletiva de hoje: em esquema de rodízio, o coordenador Paulo Menezes passou o cargo para o nefrologista José Osmar Medina, diretor do Hospital do Rim.

O novo nome foi decidido em conjunto pelo próprio comitê, segundo Doria, que não vota em nomes. "Desta vez, foi uma unanimidade o nome do professor Medina, que tem sido extremamente ativo no grupo", argumentou Menezes.

* Com informações da Agência Estado

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