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Mesmo otimista, OMS admite que talvez nunca exista vacina contra Covid-19

03/08/2020 14h28

Genebra, 3 ago (EFE).- A pesquisa sobre vacinas contra a Covid-19, que em alguns laboratórios ao redor do mundo já se encontra na fase final dos testes, é esperançosa, mas "talvez nunca haja uma panaceia contra essa pandemia", advertiu nesta segunda-feira o chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS).

"Várias vacinas estão na fase três de testes clínicos, e todos esperamos que saiam delas vacinas eficazes que ajudem a impedir que as pessoas sejam infectadas, mas agora não há panaceia e talvez nunca haverá", admitiu o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, durante entrevista coletiva.

Com quase 18 milhões de contágios e mais de 686 mil mortes, Tedros lembrou que as infecções confirmadas se multiplicaram por cinco nos últimos três meses e que, na ausência de uma vacina, é necessário continuar buscando o controle de infecções com várias medidas que incluem rastreamento de casos e contatos.

"É preciso fazer tudo: manter distância física, lavar as mãos constantemente, não tossir ao lado dos outros, usar máscara e reforçar a vigilância", insistiu o especialista etíope.

"Temos visto em todo o mundo que nunca é tarde para mudar a situação: trabalhando juntos, podemos salvar vidas", afirmou.

O chefe da OMS insistiu no fato de que é a primeira pandemia na história causada por um coronavírus, em comparação com as epidemias de gripe que eram comuns nos últimos séculos (pelo menos uma dúzia nos últimos 250 anos).

"Existe uma combinação de fatores muito perigosos, com um vírus que se move muito rapidamente e também mata muito, afetando tanto os países desenvolvidos quanto os mais pobres", resumiu Tedros.

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