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Exportação de petróleo do Brasil mais que dobra em julho; minério tem maior nível do ano

A Petrobras conseguiu elevar em 65,4% os embarques do combustível fóssil durante o segundo trimestre do ano -
A Petrobras conseguiu elevar em 65,4% os embarques do combustível fóssil durante o segundo trimestre do ano

Da Reuters, em São Paulo

03/08/2020 18h55

As exportações brasileiras de petróleo mais que dobraram em julho para 8,19 milhões de toneladas, ante 3,76 milhões de toneladas embarcadas um ano antes, conforme dados do governo federal divulgados nesta segunda-feira, na esteira do câmbio e demanda firme na China.

O volume foi o segundo maior de 2020, atrás apenas das 8,4 milhões de toneladas embarcadas em maio, e também se aproxima do recorde mensal registrado em dezembro de 2019, quando o país comercializou 8,5 milhões de toneladas da commodity, de acordo com a Secex (Secretaria de Comércio Exterior).

O Brasil já havia ampliado as exportações de petróleo para a Ásia no primeiro semestre, roubando uma fatia de mercado de rivais que promoveram cortes recordes nos embarques.

Neste contexto, a Petrobras conseguiu elevar em 65,4% os embarques do combustível fóssil durante o segundo trimestre do ano, em relação ao mesmo período de 2019, conforme reporte divulgado em julho.

As receitas registradas com as exportações de petróleo em julho, no entanto, subiram 14,7%, para 1,78 bilhão de dólares, em intensidade menor que o volume, limitadas pelos preços do óleo no mercado internacional.

O preço da commodity baixou 47,2% em julho, para 218 dólares por tonelada, segundo a Secex, ante 413,5 dólares por tonelada um ano antes.

Minério

Os embarques de minério de ferro ficaram praticamente estáveis em julho, somando 34 milhões de toneladas, ante 34,2 milhões de toneladas exportadas em julho do ano passado, com demanda firme e preços em alta na China.

Ainda assim, o volume exportado atingiu o maior patamar do ano, superando as 30 milhões de toneladas embarcadas em junho.

Os embarques de minério de ferro do Brasil, principalmente da Vale, segunda maior produtora global da commodity, têm sido monitorados de perto pelo mercado desde o ano passado, quando o rompimento de uma barragem da companhia em Brumadinho (MG) deixou centenas de mortos e impactou as operações da empresa em geral.

Neste ano, a oferta do Brasil continuou no radar do mercado de minério de ferro devido à preocupação com o avanço do coronavírus no país, que só perde para os Estados Unidos em casos e mortes pela doença.

Para o segundo semestre, a Vale projeta uma recuperação de sua produção.

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