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Seul investigará suposto abuso sexual atribuído a prefeito encontrado morto

15/07/2020 13h07

Seul, 15 jul (EFE).- O governo metropolitano de Seul, na Coreia do Sul, anunciou nesta quarta-feira que abrirá uma investigação sobre o suposto abuso sexual cometido pelo prefeito da cidade, Park Won-soon, que aparentemente cometeu suicídio após tomar conhecimento de que tinha sido apresentado uma queixa contra ele.

Seul estabelecerá uma "equipe de investigação conjunta para assegurar a legitimidade e objetividade do processo", disse o porta-voz municipal, Hwang In-sik, em comunicado.

Além de representantes do Governo Metropolitano, o comitê integrará associações para a defesa dos direitos da mulher, grupos de direitos humanos e especialistas em direito.

Todos estarão em contato direto com Seo Jung-hyup, antigo vice-prefeito para assuntos administrativos que assumiu o cargo de conselheiro municipal até a realização das eleições em abril.

Hwang não forneceu detalhes, no entanto, sobre as datas ou prazos para o estabelecimento do grupo ou o início das investigações.

O corpo de Park foi encontrado em um arbusto de Seul, na última sexta-feira. Ao sair de casa ele deixou uma carta de despedida pedindo perdão pelos "danos causados".

Tudo aponta para o fato de ele ter tirado sua própria vida - embora a polícia ainda não tenha confirmado - como resultado da queixa de abuso sexual feita por uma funcionária pública no dia anterior, algo que as autoridades certificaram após vários meios de comunicação confirmarem esse fato, citando fontes da polícia.

Inicialmente, o Conselho da Cidade explicou que não havia planos para abrir investigações no momento em que a polícia teve que encerrar o caso após a morte de Park, de acordo com a lei sul-coreana, quando um suspeito morre.

Na última segunda-feira, a advogada da funcionária e uma associação que aconselha vítimas de abuso sexual exigiram uma investigação e leram uma carta da suposta vítima, que foi identificada simplesmente como "A" e que solicitou proteção policial.

A advogada também explicou que foi apresentada outra denúncia por "danos derivados" da morte de Park.

A esse respeito, Hwang disse hoje que o Governo Metropolitano "dará apoio adequado e eficaz" para evitar esses "danos consequentes" e garantir que a mulher, que ainda trabalha na Câmara Municipal, "possa retornar à sua vida cotidiana".

Segundo sua advogada, a mulher foi assediada por Park, que incluiu mensagens, insinuações e contato físico inadequado por quatro anos.

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