Ministros das Américas mostram temor com protecionismo e fome durante pandemia
Na ocasião, conforme comunicado do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), ministros e secretários de Agricultura e Pecuária se comprometeram a fortalecer a segurança alimentar, ameaçada pela pandemia, por meio de apoio à produção agropecuária para aumentar a produtividade, facilitar o comércio intrarregional e reforçar a agricultura familiar.
Foi o segundo encontro de cúpula de agricultura realizado desde que foi declarada a pandemia do novo coronavírus, sob a organização do IICA e da Agência das Organização das Nações Unidas para Alimentação e a Agricultura (FAO). A primeira aconteceu no dia 22 de abril e foi convocada pelo ministro de Agricultura do Chile.
O secretário de Agricultura e Desenvolvimento Rural do México, Víctor Villalobos, disse que "o propósito da reunião é compartilhar políticas, ações e planos para enfrentar o impacto da pandemia de covid-19 na segurança alimentar, na agricultura, nos sistemas alimentares e na área rural do hemisfério".
O diretor-geral do IICA, Manuel Otero, ressaltou, no comunicado, a maturidade dos países do hemisfério ocidental por rejeitarem medidas protecionistas e pelo apoio à fluidez dos fluxos de comerciais transfronteiriços e intrarregionais mediante a generalização dos certificados eletrônicos, mas advertiu sobre a necessidade de reforçar ao máximo a cooperação continental e alertou para questões que qualificou como "preocupantes", como o fato de países que exijam Certificação Livre de covid-19 para produtos da região. Otero convocou todos a sustentar e apoiar a atividade dos agricultores familiares, responsáveis por até 70% dos produtos que compõem a cesta básica.
De acordo com a ministra da Agricultura do Brasil, Tereza Cristina, o agronegócio se mantém sob forte pressão, mas continua demonstrando grande resiliência. "O recrudescimento do protecionismo não é o caminho", disse. Segundo a ministra, "o diálogo hemisférico é fundamental para emergir da pandemia mais fortes".
Para Marie Claude Bibeau, ministra de Agricultura do Canadá, "a covid-19 mudou a vida das pessoas e ressaltou as iniquidades, apesar da resiliência da cadeia de alimentos". Ela ressaltou que as mulheres, os jovens e os povos indígenas estão entre os mais impactados, assim como as populações marginais.
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