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Esquilo com peste bubônica é encontrado nos EUA

Peste bubônica pode infectar animais e seres humanos - Felix Kaestle/AP
Peste bubônica pode infectar animais e seres humanos Imagem: Felix Kaestle/AP
do UOL

Do UOL, em São Paulo

14/07/2020 09h20

Um esquilo encontrado nos Estados Unidos teve teste positivo para a peste bubônica - mal que, no século 14, ficou conhecido como peste negra e matou cerca de 50 milhões de pessoas na África, Ásia e Europa.

De acordo com a emissora ABC, autoridades de saúde do Colorado afirmaram que o caso aconteceu na cidade de Morrison. É a primeira vez que a doença é registrada em um animal da região.

Além deste caso, ontem a agência chinesa Xinhua noticiou a morte de um jovem de 15 anos que contraiu peste bubônica na Mongólia. O governo local confirmou o caso, de acordo com testes preliminares. Resultados oficiais serão divulgados nos próximos dias

"Esta peste é uma doença infecciosa causada pela bactéria Yersinia e pode ser contraída por humanos e bichos se não forem tomadas as precauções corretas", afirmou a secretaria de saúde local, em nota.

Humanos podem ser infectados pela peste bubônica caso sejam picados por pulgas contaminadas ou tenham contato direto com sangue ou tecidos infectados de animas, por tossidas ou mordidas.

Animais como os gatos são muito suscetíveis a serem infectados nestes cenários - a bactéria pode ser mortal para os felinos. Já os cães são menos propensos, mas pode carregar pulgas contaminadas.

"Sintomas podem incluir febre alta, calafrios, náusea, dores de cabeça e dor extrema e inchaço de gânglios linfáticos", explicaram as autoridades.

Fatal, mas tratável

Não há vacina para a peste bubônica, mas o tratamento é considerado simples, se o indivíduo toma antibióticos até 24 horas depois de apresentar os primeiros sintomas.

A peste negra foi a mais famosa pandemia referente a essa doença. Acredita-se que ela começou na China, em 1334, e se espalhou por Europa e África. Londres teve cerca de 70 mil mortos pelo mesmo motivo entre 1665 e 1666.

No século 19, houve outro surto na China e na Índia que matou mais de 12 milhões de pessoas. Em Madagascar, houve um surto com 300 casos em 2017, mostrando que os surtos não são raros, mas é possível fazer um controle com sucesso.

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