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Cazaquistão estende quarentena diante do aumento de casos de Covid-19

14/07/2020 13h42

Nursultan, 14 jul (EFE).- O governo do Cazaquistão estendeu até o próximo dia 2 de agosto a quarentena em vigor desde o último dia 5, devido ao aumento de casos do novo coronavírus no país, informou nesta terça-feira o primeiro-ministro, Askar Mamin.

"A fim de estabilizar a situação epidemiológica, tomamos a decisão de prorrogar as medidas restritivas na República por mais duas semanas a partir do dia 20", disse ele em uma reunião governamental, onde também prometeu 42,5 mil tenges (cerca de R$ 550) por um mês aos cidadãos que necessitem de ajuda.

O presidente cazaque, Kasim-Yomart Tokayev, disse que a quarentena é necessária para proteger a saúde dos cidadãos, que também devem "cumprir estritamente" as medidas de autoproteção.

Segundo o Ministério da Saúde local, foram registrados 1.856 novos casos de coronavírus nas últimas 24 horas.

Até o momento, o país da Ásia Central registrou 61.755 infecções e 375 mortes por Covid-19.

Alguns médicos cazaques questionaram estatísticas oficiais do Ministério da Saúde, uma vez que, segundo o neurocirurgião Minzhilki Berdiojozhdaev, eles não incluem casos fatais de um surto de pneumonia no Cazaquistão causado com alta probabilidade pela Covid-19.

Na última quinta-feira, a Embaixada da China no Cazaquistão alertou seus cidadãos no país da Ásia Central sobre uma suposta "pneumonia desconhecida", com uma taxa de mortalidade de casos "muito maior que a causada pela Covid-19", embora mais tarde tenha abrandado seu aviso.

O Ministério da Saúde cazaque disse que essa informação "não está em conformidade com a realidade" e que seu caso conta de pneumonia bacteriana, fúngica e viral, que também inclui pneumonia viral de "organismos não especificados", estão de acordo com as diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS).

A Embaixada chinesa indicou que no primeiro semestre do ano a pneumonia causou 1.772 mortes e somente em junho 628 pessoas morreram no país vizinho, incluindo cidadãos chineses.

Ontem, a representante da OMS no Cazaquistão, Caroline Clarinval, pediu para não tirar conclusões precipitadas sobre este surto de pneumonia e anunciou que um grupo de especialistas visitará o país em breve para analisar as causas.

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