Conte e Merkel confiam em aprovação de Fundo de Recuperação
A chanceler reforçou que os líderes têm "uma tarefa complexa", que inclui a aprovação de uma estrutura plurianual e o lançamento do fundo de recuperação". "Apoiamos essas intenções e este projeto. No que diz respeito às propostas de Charles Michel, [presidente do Conselho Europeu], todos têm seus próprios interesses, mas concordamos com a estrutura básica", acrescentou ela. O primeiro-ministro da Itália, por sua vez, ressaltou a importância de uma resposta forte e coordenada da União Europeia sobre o plano de emergência contra a Covid-19. "É uma negociação muito difícil, sempre enfatizei as dificuldades, mas tentei ambiciosamente representar o objetivo comum de uma resposta sólida, forte e coordenada da UE", disse Conte. Para o italiano, a "Europa deve oferecer soluções aos seus cidadãos, não ilusões e medos", aqueles que devem ser "deixados para movimentos nacionalistas".
"Não é conveniente para ninguém deixar a crise correr. Sem um acordo, grandes dificuldades nos esperam", enfatizou Conte, considerando a proposta de Michel, que concede aos Estados maiores poderes do que a comissão da UE sobre a administração do fundo de recuperação, "um bom ponto de partida, mas há questões críticas". Por fim, a alemã e o italiano ressaltaram a importância de evitar uma segunda onda de contágios e também do funcionamento do mercado único.
Além disso, Merkel ainda reconheceu o grande esforço feito pela Itália durante a pandemia e afirmou que é preciso sair da crise com solidariedade. "Durante os meses da pandemia que atingiu a Itália com tanta força, eles reagiram com disciplina extraordinária, enfatizou a chanceler, acrescentando que a Itália fez grandes sacrifícios e foi atingida pelo vírus sem culpa. Os italianos reagiram admiravelmente", finalizou. A proposta O chamado "fundo de recuperação" prevê que os 750 bilhões de euros sejam financiados por meio do aumento temporário do teto do orçamento comunitário e da emissão de títulos de dívida por Bruxelas, algo inédito na história da UE.
Esses papéis seriam reembolsados aos investidores entre 2028 e 2058, com recursos do orçamento comunitário no período pós-2027.
Para garantir que terá dinheiro para honrar os débitos, a Comissão Europeia propôs a criação de impostos sobre as emissões de poluentes, multinacionais, produção de plástico ou grandes conglomerados de internet.
Segundo a Comissão Europeia, os recursos seriam repassados aos Estados-membros de duas formas: como simples contribuições sem necessidade de restituição (500 bilhões de euros) e como empréstimos (250 bilhões de euros). (ANSA)
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